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Defesa de militares presos preventivamente classifica ação como "violenta" e "drástica"

Os presos são acusados de concussão, quando há extorsão, e associação criminosa
20:25 | Mar. 28, 2019
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Coordenador jurídico da Associação das Praças Militares do Estado do Ceará (Aspra), Filipe Dávila classificou a prisão dos setes praças, do tenente-coronel Paulo de Tarso e do major Marcelo Bezerra como “violenta” e “drástica”. A Aspra deve disponibilizar quatro advogados para defender seis praças presos na operação. A associação não revelou qual deles são associados à entidade. 

São considerados “praças” os soldados, cabos, sargentos e subtenentes. Dentro desta classificação foram presos: Raimundo Nonato Cruz, Antônio Barbosa Filho, Marcelo Cristiano Melo, Reginaldo Bento De Araújo, Pablo Weslly Cavalcante, Jorge Luis de Sousa e Décio Alves Fernando. Tanto esses como os oficiais são lotados no 3° Batalhão da Polícia Militar, em Sobral.

Segundo ele, houve uma pressa na operação e que outras medidas cautelares poderiam ter sido adotadas, como afastamento das funções e proibição de frequentar certos lugares. “Não estamos falando de pessoas que estão delinquindo a lei e, principalmente, são servidores com mais de 20 anos de serviços prestados sem nenhum tipo de envolvimento”.

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Filipe Dávila destaca que não teve acesso à íntegra dos autos, mas, de acordo com as primeiras informações colhidas pela defesa, os suspeitos são acusados de praticar concussão, quando o sujeito ativo do crime é um funcionário público, por suposta extorsão para licenças ambientais, construções e funcionamentos de empreendimentos, além de associação criminosa. De acordo com ele, os presos devem ser levados ao 5º Batalhão da Polícia Militar, onde ficarão aquartelados.

O 5° BPM tem uma ala como presídio dos militares para que os agentes de segurança não fiquem em contato com civis presos por PM’S.

Os militares foram alvos, na manhã desta quinta-feira, 28, de operação deflagrada na região norte do Estado pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), do Ministério Público (MPCE) e equipes da Delegacia de Assuntos Internos (DAI) vinculada à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD).

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