Brasil teve 10,06% de inflação em 2021, a maior em seis anos

Autor DW Tipo Notícia

Manifestantes do MTST protestam diante da Bolsa em São Paulo contra a inflação e a alta dos alimentos, em setembroImpulsionado por alta de combustíveis, energia e alimentos, índice ficou bem acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central e superou expectativas de analistas.A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), encerrou 2021 com uma variação acumulada de 10,06% em 12 meses, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (11/01). É a maior inflação registrada desde 2015, quando o índice fechou o ano a 10,67%. E ficou bem acima dos 4,52% que haviam sido registrados em 2020. Superando em muito a meta estabelecida pelo Banco Central, de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, a inflação também ficou acima do esperado por analistas. Em dezembro, os preços aumentaram 0,73% em relação ao mês anterior, o que significa uma leve desaceleração em relação a novembro, quando a variação mensal havia sido de 0,95%. Itens que mais subiram O resultado de 2021 como um todo foi influenciado principalmente pelo grupo transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no acumulado do ano. Na sequência vieram habitação (13,05%) e alimentação e bebidas (7,94%). A alta nos transportes está ligada sobretudo ao preço dos combustíveis, que aumentaram em todos os meses do ano com exceção de abril e dezembro. No acumulado do ano, o preço da gasolina subiu 7,49%, e o do etanol, 62,23%. O IBGE também destacou o aumento de 17,59% nos valores de passagens aéreas. Na categoria habitação, o principal fator que contribuiu para a alta foi a energia elétrica, cujos preços saltaram 21,21% em meio à crise hídrica e problemas de geração de energia. Apesar da forte alta registrada em 2021, influenciada por seca e geadas, a alta de alimentos e bebidas foi menor que a do ano anterior (14,09%). Na alimentação no domicílio, os itens que tiveram maior alta foram o café moído (50,24%), a mandioca (48,08%) e o açúcar refinado (47,87%). lf (IBGE, Efe, ots)

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