9ª Edição do Julho das Pretas conta com mais de 300 atividades na programação

Programação vai até 6 de agosto com a presença de ativistas de todas as regiões do Brasil

Com o tema "Para o Brasil Genocida, Mulheres Negras apontam a Solução", a 9ª Edição do Julho das Pretas começou no último dia 1º e prossegue até o dia 6 de agosto com uma programação cotidiana de atividades online e presenciais, que inclui palestras, formações, rodas de conversa etc. A ação foi criada em 2013 pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, e celebra o 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.

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Neste ano, o projeto bateu recorde na programação com 310 atividades espalhadas durante todo mês de julho e entrando no mês de agosto, maior volume até esta edição. "O tema do 'Julho das Pretas' é escolhido coletivamente, e este ano o processo foi provocado pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste e denuncia o genocídio da população negra brasileira, em curso desde a fundação da nação e intensificado nestes dias tão incertos. Por isso que ao longo da agenda você encontrará tantas atividades (virtuais e presenciais) denunciando a crescente do feminicídio, da mortalidade materna, da violência do Estado, da fome e da insegurança alimentar, da lesbitransfobia e de tantas outras formas que a colonialidade inventou para nos matar", divulgou o Instituto.

Além do Instituto Odara, a Rede de Mulheres Negras da Região Nordeste e a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) também participam da organização do evento. As atividades que ocorrem ao longo do mês englobam ativistas de todas as regiões do Brasil, inclusive do Ceará. De acordo com Rayane Vieira, integrante da Rede de Mulheres Negras do Ceará, existe uma forte participação cearense no evento de coletivos e organizações da Capital e do Interior. O Instituto da Mulher Negra (Inegra), o coletivo Pretas na Unilab, o Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) e o Movimento Ibiapabano de Mulheres são exemplos de coletivos que promoverão atividades no evento. 

Para Rayane, a forte presença de coletivos cearenses no evento é uma resposta à falácia de que não existem negros no Ceará. "Aqui no Ceará, o movimento de mulheres negras organizadas tem aumentado, e sempre temos essa pauta porque existe uma falácia de que não existem negros no Ceará. Cada vez mais o movimento negro no Ceará, como um todo, está mostrando que esta população negra existe, inclusive com formações sobre a pauta identitária", ressalta Rayane. 

Serviço
9ª Edição do Julho das Pretas

Quando: Até 6 de agosto
Onde: Online, no Instagram de vários coletivos e organizações
Programação: No link PDF
Gratuito

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Tags

Julho das Pretas Insituto Odara Mulheres negras cearenses

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