Ordem dos Jesuítas do Brasil lança "Grito pela Vida na Amazônia"
A Ordem dos Jesuítas do Brasil veio a público alertar a população e seus governos sobre os impactos e perigos da negligência e da falta de cuidados com o meio ambiente
A Preferência Apostólica Amazônia da Província dos Jesuítas do Brasil, da Companhia de Jesus, expressou profundo lamento pela forma com que a agenda ambiental brasileira tem sido negligenciada por autoridades governamentais. “É dever de todos potencializar uma cultura de cuidado para um desenvolvimento sustentável e integral, e isso ultrapassa uma data, se torna atitude contínua”, divulgou a entidade, por meio de nota em referência ao último dia 5 de junho, data em que foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente.
O intuito é alertar a população e seus governos sobre os impactos da negligência com questões ambientais e com a preservação de recursos naturais. Ainda, falam sobre a falta de cuidado daqueles que ferem o território amazônico, sendo eles garimpeiros, grileiros, empreendedores ilegais e todos os que acobertam práticas criminosas de espoliação do meio ambiente.
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AssineA Ordem dos Jesuítas do Brasil aponta desmonte de órgãos ambientais, juntamente com a flexibilização das políticas de controle do desmatamento e do fogo, o que acabou por facilitar o avanço das grandes corporações empresariais do agronegócio e da mineração sobre áreas de preservação. Tal desmonte culminou na ameaça aos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.
No texto, a entidade lista dados que reforçam a necessidade da promoção de políticas públicas de proteção integral da Amazônia, de combate ao desmatamento e às queimadas, além do cuidado com toda a biodiversidade. Confira a nota na íntegra.
Desmatamento na Amazônia
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão que monitora a devastação nos biomas brasileiros por meio de satélites, o desmatamento da Amazônia quebrou recordes em 2020 e alcançou a maior área registrada dos últimos 12 anos. Foram 11.088 km² desmatados, representando um crescimento de 9,5% em relação a 2019.
Já em 2021, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento da Amazônia foi, durante o mês de abril, o maior em dez anos, atingindo uma área de 778 km², o maior valor da série histórica para o mês.
Levantamento do Instituto Socioambiental (ISA), de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, aponta que a área dentro de terras indígenas, parques e estações ecológicas com registros irregulares no Cadastro Ambiental Rural (CAR) aumentou 56%.
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