Família de pai morto pela Covid-19 procura cartas destinadas à filha

Schneider era fã dos Beatles e escondeu as cartas em discos que vendeu, devido à pandemia, para sebos e colecionadores do País. Campanha tenta encontrar as cartas, destinadas à filha de Karlo, que deveria lê-las ao completar 15 anos

Campanha que viraliza no Twitter tenta encontrar cartas deixadas por um pai, vitimizado pela Covid-19, para a filha. Karlo Schneider Nogueira, hoteleiro de 40 anos natural do Rio Grande do Norte, era fã dos Beatles e conhecido pelas brincadeiras de caça-ao-tesouro. Ele faleceu em março deste ano e deixou três filhos. A mais velha, Bárbara, tem 14 anos.

Quando ela nasceu, o pai escreveu uma carta e pediu para que amigos fizessem o mesmo. As cartas deveriam ser entregues à menina quando completasse 15 anos. A jovem faz aniversário em 4 de março de 2022. Até a publicação desta matéria, as cartas não haviam sido encontradas.

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— Ulla Saraiva (@ullissima) 8 de junho de 2021

Os documentos foram guardados em discos de vinil dos Beatles, parte da coleção de Schneider. Devido à pandemia, ele ficou desempregado e precisou vender grande parte dos LPs. As cartas destinadas a Bárbara foram junto com os discos. O potiguar tinha entre 500 e 600 discos e ficou com cerca de 150. Eles foram vendidos para sebos e colecionadores de todo o País, explicou Ulla Saraiva, amiga da família e responsável pela sequência de tweets que se tornou assunto no Twitter.

“Ele botou dentro dos discos porque achou que era algo que nunca ia se desfazer”, contou ela. A publicação somava 87,6 mil curtidas e 24,1 mil retweets até a tarde desta quarta-feira, 9. Em entrevista ao portal G1, Ulla associou a busca pelas cartas a encontrar uma “agulha no palheiro”, visto que não há pistas que indiquem em qual disco as cartas estavam e para onde elas foram. A família atualmente mora em Caicó, no Rio Grande do Norte.

“A mulher dele não sabe em qual disco que está. Ela sabe que ele escondeu num disco, porque isso ele contou. Mas ela não sabe em qual disco e onde pode ter ido parar. Ele tinha um material vasto dos Beatles porque ele promovia feiras, estava em contato com grupos de ‘beatlemaníacos’ do Brasil inteiro e ele tinha alguns discos raros, alguns importados”, relatou Ulla, que participou de episódio de podcast, publicado em 19 de março, sobre a personalidade de Schneider. Ouça abaixo:

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