Brasileiro é preso no Egito acusado de assediar vendedora muçulmana
O Ministério do Interior egípcio divulgou a detenção do médico brasileiro Victor Sorrentino por meio de notaO médico brasileiro Victor Sorrentino foi preso nesse domingo, 30, na cidade de Luxor, sul do Egito, após publicar um vídeo assediando uma muçulmana. O Ministério do Interior egípcio divulgou a detenção de Sorrentino por meio de nota. No Brasil, o médico ficou conhecido nas redes sociais por defender o chamado "kit covid" no tratamento para Covid-19 com remédios sem eficácia comprovada.
Segundo o portal UOL, no vídeo publicado em seu perfil no Instagram, com quase 1 milhão de seguidores, Sorrentino faz comentários sexistas em português a uma vendedora, ao comprar papiro, folha de madeira usada para escrita no Egito Antigo.
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Assine"Vocês gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?", disse o médico gaúcho. "O papiro comprido." "Si", respondeu a mulher, em espanhol, sem entender as palavras de Sorrentino. "Tá! Maravilha", responde o brasileiro.
As autoridades egípcias informaram que "os serviços de segurança conseguiram identificar a vítima e foram capazes de deter o turista brasileiro". As medidas judiciais contra o médico foram tomadas. Após a publicação, as imagens circularam pelo país e as autoridades receberam denúncias da população.
Depois das críticas, o médico tornou privado seu perfil na rede social e postou outro vídeo, dessa vez se desculpando. "Eu sou assim. Sou um cara muito brincalhão", justificou. O Egito criminalizou assédio sexual em 2014. A lei prevê multas ou pena de seis meses a três anos de prisão.
No ano passado, o parlamento egípcio aprovou uma lei para manter a identidade das vítimas de agressão e assédio sexual em sigilo. O objetivo é proteger a reputação e incentivá-las a registrarem os casos.
Em entrevista, o médico brasileiro que defende remédios sem eficácia comprovada para o coronavírus já havia dito que os "medicamentos são conhecidos" e "não causam risco nem prejuízo" à saúde. Sorrentino também se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
com informações do Correio Braziliense
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