Polícia Militar do Rio de Janeiro decide que Queiroz pode voltar a andar armado

O documento com a autorização foi divulgado nesta quinta-feira, 13

O policial militar reformado Fabrício José Carlos de Queiroz foi autorizado a andar armado novamente. Uma inspeção feita nessa terça-feira, 11, por uma junta médica da Polícia Militar do Rio de Janeiro decidiu que Queiroz, subtenente da reserva da PM, está “apto ao porte de arma”. O documento foi divulgado pela revista Veja nesta quinta-feira, 13. 

Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no esquema das rachadinhas do gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa fluminense. Ele chegou a ser preso preventivamente no âmbito da apuração das rachadinhas.

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O documento onde consta a liberação do porte de arma para Queiroz foi enviado nessa quarta, 12, para publicação no boletim da polícia pelo responsável pela Diretoria Médico Pericial (DMP) da PM, tenente coronel Cláudio Duarte Pasqualette Martins.

Em 3 de maio, o ex-assessor de Flávio havia sido apresentado para “inspeção de saúde, para fins de aquisição de arma de fogo” por meio de um despacho do tenente coronel Joel de Oliveira Suhett Filho, diretor Interino de Veteranos e Pensionistas da corporação. O pedido de Queiroz para adquirir uma arma foi noticiado pela CNN na última semana.

Investigação sobre morte

Fabrício Queiroz também é investigado pelo MP do Rio pela morte do técnico em refrigeração Anderson Rosa de Souza, 29, durante uma incursão policial na Cidade de Deus, na noite de 15 de maio de 2003.

À época, Fabrício Queiroz era lotado no 18º Batalhão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste carioca. Na incursão que terminou com a morte de Souza, Queiroz estava acompanhado pelo ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano morto pela polícia na Bahia em janeiro de 2020.

De acordo com a revista Veja, ambos registraram o caso na delegacia como “auto de resistência”, ou seja, quando o policial atira e mata para se defender. No entanto, um laudo da investigação levanta a suspeita de execução do morador da Cidade de Deus, que não tinha antecedentes criminais e era pai de dois filhos.

Prisão e soltura

Ao decretar a prisão de Fabrício Queiroz na Operação Anjo, em junho de 2020, por risco de obstrução às apurações sobre as rachadinhas, o juiz Flávio Itabaiana considerou ele era de “alta periculosidade” e citou suposta “influência sobre milicianos do Estado do Rio de Janeiro”.

Em agosto, Queiroz acabou sendo solto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e enviado à prisão domiciliar, que foi revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março.

Queiroz não tem falado à imprensa desde que deixou a prisão. Ele foi procurado pela Veja na segunda-feira, 10, para comentar a decisão do procurador-geral da República, Augusto Aras, de não abrir investigação contra o presidente Jair Bolsonaro pelo caso dos cheques depositados por Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Após se negar a comentar o ocorrido, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro criticou a cobertura da imprensa ao episódio e deu aval à explicação do presidente para a origem dos depósitos. “O presidente já falou o que era. Quando respondeu a primeira vez, ele falou o que foi. É que vocês estão de sacanagem e não falam. Ele falou ‘era isso e teve outras vezes’, acabou”, disse.


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