Para procuradores da República, iPhone SE é "esmola" e "humilhação"

Procuradores da República criticam contrato feito com a telefônica Claro em que o modelo iPhone SE é oferecido como celular funcional

O aparelho iPhone SE, da estadunidense Apple, foi alvo de críticas de procuradores da República, que o classificaram como “esmola” e “humilhação”. Segundo a Folha de S. Paulo, a Procuradoria Geral da República (PGR) mantém um contrato com a telefônica Claro para fornecimento de aparelhos celulares e pacotes pós-pagos em regime de comodato, ou seja, para devolução ao fim do acordo de 30 meses. A linha pós-paga custa mensalmente R$ 219,90 para os cofres públicos e é entregue para 1.200 procuradores e 650 servidores comissionados. No lugar do plano, os procuradores podem receber o iPhone SE como celular funcional.

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Marco Tulio Lustosa Caminha, procurador que trabalha no Piauí, criticou o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação da PGR, Darlan Airton Dias, devido ao contrato. “Você acha mesmo que depois de mais de três anos com um iPhone 7, já ultrapassado, processador lento, bateria ruim, tela pequena, vamos aceitar por mais outros 30 meses um iPhone SE?? Acho que ninguém aqui é moleque, Darlan!!”, escreveu Caminha no início de fevereiro em uma rede interna da Procuradoria.

Para ele, o contrato com iPhone SE é um “insulto” e uma “esmola”, visto que 40% de suas demandas são realizadas por celular: “Estamos há quase um ano trabalhando de casa, celular, notebook, internet, energia… Que bagunça é essa?? Estão querendo nos humilhar??!! Não aceito humilhação, Darlan”. Carminha recebeu R$ 69 mil apenas em janeiro deste ano, segundo a Procuradoria no Piauí, valor que inclui remuneração básica, 13º salário, um terço de férias e verbas indenizatórias.

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Ana Paula Ribeiro Rodrigues, que atua no Rio de Janeiro, concordou com as críticas do colega e concluiu que a PGR “morreu, acabou, resta-nos agir como burocratas e ir levando e, quem pode, vai se virando ou cai fora”. Recebendo salário de R$ 33,6 mil e gratificações mensais de até R$ 7,4 mil, ela reclama da atual “situação de penúria, em que a gente fica desesperado atrás de acumulações para poder complementar o salário; isso para os ‘privilegiados’ que conseguem chances de acumular”.

Em nota, a PGR defendeu o uso do iPhone SE: “Trata-se de um modelo intermediário, que atende às necessidades a um custo adequado para a administração, possui sistema operacional reconhecidamente mais seguro, há uma cultura de uso na instituição e tem compatibilidade com outro equipamento (iPad) fornecido pelo MPF”.

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