Em vídeo, Padre mente ao dizer que vacina é feita com fetos abortados
O homem, identificado como Claudemir Serafim, foi repreendido pela Diocese onde atua, em Pedras Grandes, Santa Catarina. Em comunicado, a Diocese afirmou que a orientação para seus membros é a de acolher e incentivar a vacinaçãoCircula nas redes sociais o vídeo de um padre orientando fiéis a não se vacinarem contra a Covid-19 porque o imunizante seria feito com “fetos abortados”. O homem, identificado como Claudemir Serafim, foi repreendido pela Diocese onde atua, em Pedras Grandes, Santa Catarina. Em comunicado, a Diocese afirmou que a orientação para seus membros é a de acolher e incentivar a vacinação.
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Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
AssineEm entrevista ao portal R7, o virologista e professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Aguinaldo Pinto, explicou que o desenvolvimento de vacinas pode, de fato, envolver o uso de culturas de células obtidas de fetos humanos que foram abortados.
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Os pesquisadores precisam destas culturas, às quais um vírus possa infectar e se reproduzir, resultando em exemplares suficientes para testar e produzir vacinas. Portanto, nenhuma célula dos fetos abortados é usada nas vacinas, apenas o material derivado delas. As culturas de células têm essa finalidade desde meados do século passado e estiveram presentes em vacinas para rubéola, catapora e hepatite A.
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Em dezembro de 2020, manifestantes anti-aborto rechaçaram a vacinação. Isso levou o Vaticano a comunicar aos seus seguidores que considera “moralmente aceitável” o uso das vacinas contra a Covid-19.