Dupla sertaneja é criticada nas redes por música transfóbica
Sertanejos foram às redes sociais negar que sejam homofóbicos, em vez de transfóbicos
Os sertanejos Pedro Motta e Henrique foram acusados de transfobia por, no último sábado, 19, terem lançado Lili, canção que narra desilusão vivida por um homem após contato com uma travesti.
Segundo o portal de notícias UOL, a letra diz: "Depois de um mês de namoro apaixonado, iludido e bobo dentro de um motel chorando arrasado acabei de descobrir que eu fui enganado/ Agora eu entendo por que ela não queria fazer amor, uma voz feminina, uma pele macia me enganou tão bem/ Depois de uma farra embriagada, ela se entregou, só que ela não tinha o que mulher tem/ Ô, Lili, ô, Lili, por que você mentiu para mim? O, Lili, ô, Lili, o amor da minha é um travesti."
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AssineApós a repercussão negativa do caso, a dupla postou vídeo no Instagram. Ambos negaram ser homofóbicos quando, na verdade, a acusação sobre eles é pelo crime de transfobia.
"Estamos aqui para esclarecer uma coisa. Estão nos chamando de homofóbicos. Gente, de forma alguma! Nunca vocês ouviram que Pedro Motta e Henrique é homofóbico, Pedro Motta e Henrique está zoando a pessoa."
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) se manifestou contra a letra.
"Talvez vocês não saibam, mas o Brasil é o País que mais assassina travestis do mundo por ódio que muitas vezes esse áudio é incentivado por esse tipo de piada de extremo mau gosto. Estamos à disposição para o diálogo. E a nossa recomendação é que desde já vocês cancelem o lançamento e a divulgação pois a música é flagrantemente discriminatória", disse a entidade em nota publicada, dirigida aos dois.