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Em meio a alta de casos e mortes, Bolsonaro diz que "estamos vivendo um finalzinho de pandemia"

O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia", discursou Bolsonaro na inauguração do eixo principal da nova Ponte do Guaíba, na BR-290, em Porto Alegre
13:29 | Dez. 10, 2020
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Em meio ao crescimento de casos confirmados e mortes pela Covid- 19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira, 10, que o Brasil está enfrentando o fim da pandemia: "Me permite falar um pouco do governo, que ainda estamos vivendo o finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhores se saíram na pandemia", disse Bolsonaro. Presidente discursou na inauguração do eixo principal da nova Ponte do Guaíba, na BR-290, em Porto Alegre. As informações são do portal G1.

A declaração é feita em um momento em que 22 das 27 unidades da federação enfrentam alta nas mortes por coronavírus, segundo o consórcio de veículos de imprensa. É a primeira vez que tantos estados aparecem simultaneamente com tendência de alta nas mortes pela doença desde que o consórcio começou a acompanhar essas tendências, em 9 de julho. Desde o início da pandemia, 179.032 pessoas morreram por conta da Covid-19 no Brasil.

Aqui no Ceará, entre os dias 15 e 21 de novembro, que representam a Semana Epidemiológica (SE 47), o Ceará registrou um aumento de 57% no número de casos confirmados, o que representa 1.630 confirmações a mais em relação à semana anterior. Já o número de óbitos (18 a mais), diminuiu 25%. Quando se analisa a Região de Saúde de Fortaleza, que além da Capital tem outros 43 municípios, inclusive da Região Metropolitana, também teve aumento de casos, com 58% de acréscimo (1.268 novas confirmações).

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Em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente participa ainda da liberação de 27 quilômetros de duplicação da BR-116 em Barra do Ribeiro. "Devemos levar tranquilidade à população e não o caos. O que aconteceu no início da pandemia não leva à nada. Lamentamos as mortes profundamente e assim sendo, vamos vencendo obstáculos".

O Brasil ainda não tem um plano detalhado de vacinação contra a doença. Na quarta-feira, 9, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a imunização pode começar ainda este mês se a Pfizer, uma das fabricantes, obtiver autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e conseguir "adiantar" uma entrega de doses. Ainda assim, segundo a pasta, só uma pequena quantidade de pessoa receberia a vacina. A Anvisa autorizou, nesta quinta-feira, 10, o uso emergencial das vacinas. 

No discurso, ele citou um medicamento contra a Covid-19, que não tem eficácia comprovada. "Não temos notícia dos nossos irmãos da África, abaixo do Deserto do Saara, de grande quantidade de óbitos por Covid e todos esperavam justamente o contrário. A pessoa com alguma deficiência alimentar, pessoas mais pobres, fossem ser em boas e quantidade vitimadas. E não foi por quê? Eles tratam lá, muito, infelizmente, a malária", disse.

Presidente não segue recomendações de saúde

 

Durante a cerimônia, o presidente estava acompanhado dos ministros Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Cidadania, Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Eles não usavam máscara. O uso é obrigatório no RS desde maio.

Ao chegar, por volta das 9h25min no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, Bolsonaro foi recebido pelo governador Eduardo Leite (PSDB), pelo senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) e pelo deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). A comitiva cumprimentou os políticos com um aperto de mão.

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