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Médicos que deram assistência ao aborto de menina estuprada participam de live nesta segunda, 24

Debate é promovido pelo Coletivo Rebento e pode ser assistido gratuitamente às 20h, no YouTube
22:54 | Ago. 23, 2020
Autor Everton Lacerda
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Everton Lacerda Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

Três médicos que atuaram diretamente na assistência do aborto da menina de 10 anos violentada pelo tio participarão de live para debater direitos reprodutivos no Brasil nesta segunda, 24, às 20h.

A iniciativa é promovida pelo Coletivo Rebento e será realizado com o tema “Direitos reprodutivos no Brasil: lutar por nenhum passo atrás”. O evento virtual recebe os ginecologistas e obstetras Melânia Amorim, Helena Paro e Olímpio Barbosa. Os profissionais atuaram ativamente no procedimento que interrompeu a gravidez de 22 semanas da menina de 10 anos, em 16 de agosto, no Recife (PE). A gestação era fruto de estupro praticado pelo tio da criança, preso na última terça-feira, 18

O debate será mediado pelas médicas Liduína Rocha e Aline Veras e pode ser assistido de forma gratuita pelo canal do YouTube do Coletivo Rebento.

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Entenda o caso

A garota de dez anos que passou por um aborto em 16 de agosto, em Recife (PE), só conseguiu interromper a gestação de 22 semanas com autorização da Justiça. Isso porque a Constituição Brasileira qualifica a prática de abortamento como crime, mas assegura que ela seja realizada em casos específicos de violência e de riscos à saúde da gestante.

O caso de violência sexual sofrido pela garota só foi descoberto quando a vítima se queixou de dor abdominal e deu entrada no Hospital Roberto Silvares, no Espírito Santo, região onde reside com a família. Após o exame para gravidez ter dado positivo, ela acabou revelando aos médicos que sofria abusos sexuais e ameaças do tio, fazendo com que o agressor fugisse.

O consentimento judicial para o aborto foi dado por Antonio Moreira Fernandes, juiz da Vara da Infância e da Juventude da cidade de São Mateus. O magistrado analisou o caso da garota e determinou que a vítima fosse submetida ao procedimento de melhor viabilidade e de forma imediata para que sua vida fosse preservada.

Ainda que autorizado, médicos de uma unidade hospitalar do Espírito Santo se recusaram a realizar o procedimento por alegarem que o feto já estava com cincos meses. Dessa maneira, a vítima precisou ser transferida em sigilo para Recife, onde foi acolhida pelo Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e teve o procedimento realizado com sucesso.

Serviço

Debate “Direitos reprodutivos no Brasil: lutar por nenhum passo atrás”

Data:
24 de agosto
Horário: 20h
Onde assistir: canal no YouTube do Coletivo Rebento 
Gratuito.

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