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Ministro do STJ afirma que Queiroz teria tentado destruir provas que o incriminaria

O ex-assessor ainda não apresentou dados recentes quanto ao seu estado de saúde, meio que justificaria sua prisão em domicilio
18:54 | Ago. 14, 2020
Autor Gabriela Almeida
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Gabriela Almeida Repórter O POVO
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Tipo Notícia

Fabrício Queiroz, ex- assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), teve a prisão domiciliar revogada por não comprovar estado de saúde frágil, como havia alegado, e ainda por tentar destruir provas que o incriminaria. Conforme informações do portal G1, divulgadas nesta sexta-feira, 14, dados foram revelados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fischer, ao despachar decisão que deve levar Queiroz e a esposa, Márcia Aguiar, de volta à cadeia. 

O ex-assessor foi preso em junho deste ano e teve a prisão domiciliar permitida no mês seguinte, ao afirmar que estava debilitado de saúde e que precisava realizar tratamentos. Na época, o presidente do STJ, João Otávio Noronha, despachou uma liminar dando permissão para que Queiroz e a esposa, que estava foragida, cumprissem a pena em casa.

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Nesta semana, o caso passou a ser analisado pelo ministro Félix Fischer que, na noite dessa quinta-feira, 13, decidiu revogar a liminar ao entender que Fabrício e Márcia deveriam ter "prisão preventiva" decretada. Segundo reportagem, essa decisão foi tomada após a constatação feita por autoridade de que o réu apresentou informações sobre o quadro de saúde apenas com dados antigos.

Nesse sentido, nada indicaria que o tratamento de saúde do qual o ex-assessor precisa não pode ser realizado dentro de uma "penitenciária ou em um respectivo hospital de custódia". Durante esta tarde, Queiroz chegou a sair da residência para realizar exames médicos.

Destruição de provas

Outro fator que se tornou determinante para a decisão de Fischer foi a indicação de que o casal teria  impedido a produção de provas contra eles, seja por meio de adulteração ou destruição delas. Segundo portal, a autoridade apontou a existência de uma "organização", que funcionava sob o comando de um chefe de nome "anjo" e que coordenava ações.

Entre manobras, testemunhas e investigados chegaram a receber instruções quanto à forma em que deviam prestar esclarecimentos. Além disso, documentos foram adulterados para impedir trabalho da policia. Nesse sentido, Félix considerou que o casal deveria voltar para a prisão, visando evitar que a liberdade deles atrapalhe o trabalho investigativo.

Fabrício Queiroz é alvo de investigação sobre o suposto esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) quando Flavio Bolsonaro era deputado estadual. Após a decisão do ministro, a medida de prisão preventiva do casal pode sair a partir desta sexta.

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