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Universidade Sem Fronteiras retorna com aulas virtuais para promover interação entre alunos

De acordo com a instituição, muitos alunos estavam apresentando quadros de tristeza e pânico pela quebra abrupta da rotina de convívio social
13:40 | Jun. 10, 2020
Autor Redação O POVO
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Após suspender aulas para resguardar os alunos com média de idade entre 60 e 70 anos, a Universidade Sem Fronteiras (Unisf) retoma as atividades remotamente. De acordo com a diretora de Marketing e Eventos da instituição, Izabel Cavalcante, a volta foi uma maneira de garantir a saúde mental dos estudantes. “Eles começaram a ter quadros de tristeza, pânico e até quadros de depressão mesmo”, comenta.

“Para nós da terceira idade bom mesmo é o convívio social, o abraço, a conversa, aprontar-se, sair de casar e jogar conversa fora. Faz bem ao corpo e à mente”, afirma a médica aposentada Firmina Cavalcante, 80 anos, aluna de Computação, Inglês e Zumba na Unisf. Ela conta que apesar da resistência no início da transição às aulas remotas, a experiência é nova e supre um pouco da demanda social dos idosos.

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Para evitar alto índice de rejeição inicial, a Unisf organizou a retomada a partir de conversas com os alunos, por telefone, para definir quais plataformas digitais e estratégias seriam as ideais. A instituição também começou a realizar lives, no intuito de estimular a interação entre os estudantes.

Mesmo assim, ainda é um desafio tornar o ambiente digital agradável para alguns idosos. Nesses casos, a Unisf tenta manter o contato por ligações telefônica e convidá-los para participar de cafés da tarde digitais e outras atividades online. Já entre os participantes, o distanciamento social tenta ser suprimido ao colocarem músicas antes das aulas e continuar as conversas mesmo após o fim do horário de estudo.

Por outro lado, o receio de voltar às atividades presenciais é mais forte que a saudade. A doutora Firmina admite sentir apreensão porque, além de ser grupo de risco, faltam remédios “seguramente eficientes” e uma vacina. “Tudo isso nos traz um certo receio de voltar ao convívio social, o que é bastante triste nesta época de nossas vidas”, analisa a estudante.

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