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Volume de ameaças digitais aumentou desde o início da quarentena; saiba como se proteger

Com a migração para o teletrabalho, criminosos podem se aproveitar de dados
12:09 | Abr. 22, 2020
Autor Gabriela Feitosa
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Gabriela Feitosa Estagiária do O POVO Online
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Tipo Notícia

A segurança de dados de usuários durante a pandemia também preocupa. Com a migração para o teletrabalho, home office e a corrida da população por informações sobre o novo coronavírus, criminosos podem estar se aproveitando para aplicar golpes virtuais e obter ilegalmente dados pessoais ou fraudar operações financeiras. O fundador e CEO da Morphus, empresa de segurança da informação, Rawlison Brito, durante entrevista para a rádio O POVO/CBN na manhã desta quarta, 22, deu dicas de como pessoas e empresas podem se prevenir de possíveis problemas.

Na Live AGIR – TODOS CONTRA O CORONAVÍRUS desta quarta-feira, 22, o jornalista Cliff Villar recebe o CEO e Fundador da Morphus Segurança da Informação, Rawlison Brito. Assista:

 

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"Isso é uma resposta complexa, porque temos que levar em consideração o contexto que esse usuário ou essa empresa estão inseridos. A partir daí, tomar medidas de prevenção, detecção. E caso ocorra algum problema, responder ao incidente ocorrido", alerta Rawlison. As estratégias para a proteção, no entanto, podem começar com ações simples, como ter senhas fortes ou um segundo fator de autenticação somando-se a essa senha, além de uma boa cultura de uso dos acessos feitos nos navegadores. O CEO ainda chama atenção para outro fator: a tentação de clicar em links não confiáveis, muitos deles usando o coronavírus como anzol.

Já em aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, fica mais fácil ainda aplicar esses golpes. O POVO já havia publicado matéria sobre mensagem falsa circulando pelo aplicativo que pedia dados para cadastramento do Auxílio Emergencial. "O volume de ameaças digitais envolvendo esse tema vem aumentando desde o início de março. Nós começamos a monitorar grande quantidade de sites que estão por trás desses golpes", afirma Rawlison. Segundo ele, os golpes envolvem desde sites que dizem mostrar informações sobre a Covid-19, até aqueles que envolvem questões financeiras, como informações sobre auxílios do governo.

A maioria desses golpes chega por WhatsApp, SMS ou e-mail. Segundo Rawlison, os pacotes de antivírus são uma boa prática e ajudam a ter controle durante navegação, mas, sozinhos, não conseguem garantir proteção total do usuário. A segurança de dados, reforça o CEO, é também uma prática cultural, e pequenas ações vindas dos próprios usuários, como ter cuidado com a fonte de informações (se é credível ou não) podem ajudar a escapar dos golpes. "A ansiedade conta contra a população, sem dúvida alguma. A tentação de cair em uma "manchete salvadora" é alta. Os antivírus não são a única solução para isso", explica.

Serviços bancários pela Internet

Outra prática no isolamento, por exemplo, é a adoção do Internet Banking, quando transações, pagamentos e outras operações financeiras e de dados são feitas pela Internet. Para Rawlison Brito, não há diferença se o processo for feito por smartphone ou computador. "Uma estratégia de segurança passa por um conjunto de medidas. Um computador pode não ter as camadas de segurança necessárias e fazer parte de um conjunto de outros computadores comprometidos por uma quadrilha de criminosos", exemplificou o CEO.

O CEO deu uma boa notícia: sites e aplicativos das instituições bancárias brasileiras são bastante seguros. "Nós temos uma tradição no Brasil, no mercado financeiro, de um grande investimento em cibersegurança. Uma média superior à média global", conta Rawlison.

Essa responsabilidade de segurança, entretanto, não é exclusiva dos bancos. "Existem diversas formas de enganar um correntista para fazer ele acessar o site que não é da sua instituição", alerta. Novamente, ele reforça: uma boa segurança de dados passa por uma cultura responsável no acesso a sites e aplicativos.

Para Rawlison, essa talvez seja uma das práticas mais eficazes: "As instituições tem investido na melhoria de seus processos, como fatores de autenticação, análise de comportamento dos clientes. Nós temos que levar cultura para a população brasileira para que nós tenhamos cuidados com nossos equipamentos e nossos hábitos", encerra.

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