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Procuradoria denuncia Glenn e outras 6 pessoas sob acusação de hackear Laja Jato

Os crimes imputados são os de organização criminosa, lavagem de dinheiro (exceto em relação a Glenn), e interceptações telefônicas ilegais. As informações são da Folha de S.Paulo
13:59 | Jan. 21, 2020
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Tipo Notícia

O Ministério Público Federal em Brasília denunciou nesta terça, 21, sete pessoas sob acusação de envolvimento no hackeamento de contas de Telegram de autoridades como o ministro Sergio Moro (Justiça) e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba. As informações são da Folha de S. Paulo.

Um dos denunciados é o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, que recebeu os diálogos da Lava Jato e os publicou. Os outros denunciados são Walter Delgatti Netto e Thiago Eliezer Martins Santos, que, segundo a acusação, atuavam como líderes do grupo; Danilo Cristiano Marques, suposto “testa-de-ferro” de Delgatti; Gustavo Henrique Elias Santos, que teria desenvolvido técnicas que permitiram a invasão do Telegram; a mulher dele, Suelen Oliveira, acusada de agir como laranja em fraudes; e Luiz Molição, que teria sido porta-voz do grupo nas conversas com Glenn.

Os crimes imputados são os de organização criminosa, lavagem de dinheiro (exceto em relação a Glenn), e interceptações telefônicas ilegais. A reportagem da Folha de S.Paulo ainda não conseguiu ouvir as defesas dos acusados.

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Apesar de Glenn não ter sido investigado ou indiciado pela Polícia Federal, o procurador Wellington Oliveira entendeu que ficou demonstrado, em um áudio encontrado em um computador apreendido, que ele orientou o grupo a apagar mensagens. Para o procurador, isso caracterizou "clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos”.

De acordo com o Ministério Público, Glenn não foi investigado pela PF em respeito a uma decisão cautelar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. O procurador enviou pedido à PGR (Procuradoria-Geral da República) para que peça a revogação da decisão de Gilmar, a fim de que Glenn possa ser processado.

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