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Museu traz impacto dos meios de comunicação na humanidade em três séculos

Após seis meses de reforma e com investimentos de R$ 3 mi, espaço é uma evolução do Museu das Telecomunicações. É possível passear de objetos do século 19 a fotografia 3D
15:43 | Jan. 21, 2020
Autor Marcela Tosi
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Marcela Tosi Repórter de Cotidiano
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Tipo Notícia

Experiências personalizadas, novas plataformas de conteúdo e interação, realidade virtual, displays interativos sensíveis ao toque, fotografia digital 3D, monitores de LED de alta definição, celular e games. Este universo compõe um museu e subverte o senso comum sobre estes espaços. A proposta do MUSEHUM – Museu das Comunicações e Humanidades, reaberto nesta terça-feira, 21, é que o visitante se sinta parte do local, unindo memória e tendências, para provocar reflexão sobre o impacto das comunicações no desenvolvimento da humanidade.

O projeto é uma evolução do Museu das Telecomunicações, em atividade há 13 anos. Cerca de R$ 3 mi foram captados por meio de lei de incentivo do Ministério da Cidadania e investidos na remodelação da função, conceito e identidade do museu. Na nova proposta de atrações interativas, ambientes imersivos e novas tecnologias, o espaço "combina história, conhecimento e inovação de uma forma lúdica e acessível para todas as idades”, diz Suzana Santos, presidente do Instituto Oi Futuro. Por lá, devem passar cerca de 24 mil pessoas por ano entre turistas, excursões escolares e moradores da capital fluminense.

"Foi um desafio que a gente se impôs para chegar às pessoas do século 21, desse ano de 2020, o que querem e o que esperam de um museu", explica Roberto Guimarães, gerente executivo de Cultura do Oi Futuro. “Aqui vamos além da interação: o público é um colaborador ativo na construção do museu, porque a comunicação, é a troca de afetos, conhecimentos e informações, e as pessoas são as protagonistas desses processos. É o humano que dá sentido à tecnologia”, completa.

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Lançamento do Musehum no Rio de Janeiro
Lançamento do Musehum no Rio de Janeiro (Foto: Marcela Tosi)

Com um acervo de mais de 130 mil peças, considerado o maior da América Latina em telecomunicações, o museu também está ampliando em cerca de 30% o número de objetos em exposição permanente. Entre os mais de 500 objetos expostos estão curiosidades como um contador de fichas telefônicas de 1900, celulares desde os conhecidos "tijolões", computadores, disquetes, uma diversidade de telefones e câmeras - alguns em nichos abertos para que os visitantes possam tocar. Entretanto, destaca Suzana, o novo formato do museu possibilita que a curadoria renove a exposição com maior frequência, tanto a seleção de itens de acervo, quanto os conteúdos multimídia disponíveis para interatividade e exposições artísticas periódicas. Atualmente as instalações multimídia recebem os visitantes desde o térreo do Centro Cultural Oi Futuro, passando pelo terceiro andar e chegando ao quinto, onde está o museu. Até março, os andares abrigam obras do artista contemporâneo Iran do Espírito Santo.

Para desenvolver o projeto do novo museu, o Oi Futuro realizou a pesquisa “Narrativas para o Futuro dos Museus”, lançada nacionalmente em maio de 2019. O resultado aponta que para 50% dos entrevistados museu é lugar para se visitar uma única vez. “É o que chamamos do efeito ‘viu, está visto’, em que a pessoa visita a instituição uma vez na vida e não precisa voltar. Queremos proporcionar ao nosso público uma experiência nova a cada visita”, diz a museóloga Bruna Cruz, que coordenou o estudo. Ao mesmo tempo, a pesquisa apontou tendências que estão incorporadas no projeto como transformar as experiências em valor, surpreender, transmitir informação por meio do engajamento e tornar o museu em parte do cotidiano das cidades.

Entre as experiências oferecidas está uma cápsula espelhada, onde o público é envolvido por uma experiência de luzes, sons e efeitos visuais que revela seus próprios rastros digitais e conexões. Em outra vivência, usando óculos de realidade virtual, o visitante faz uma viagem no tempo em que conhece o passado do prédio histórico que abriga o museu. Além disso, por meio de quatro grandes monitores sensíveis ao toque, o público pode navegar por exposições virtuais de peças da coleção, como edições da revista "Sino Azul" (comunicação interna da Companhia Telefônica Nacional), e até registros de eventos da comunicação que aconteceram na última semana.

SERVIÇO

Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades

Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo – Rio de Janeiro

De terça a domingo, das 11h às 20h

Entrada gratuita

Informações: (21) 3131 3060

 

* A repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Oi Futuro

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