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Backer apresenta à PF suposto vídeo de sabotagem

18 supostos casos de intoxicação foram registrados até então; outras oito marcas da cervejaria também estão contaminadas
08:07 | Jan. 17, 2020
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A Backer apresentou nesta quinta-feira, 17, um vídeo com suposto indício de sabotagem nos barris de de monoetilenoglicol, substância usada no resfriamento da produção da cervejaria. Quatro pessoas morreram após consumir a cerveja Belorizontina de lotes contaminados.

A sabotagem teria sido na composição do produto. Em amostras da cerveja e da água da fábrica, foi identificado dietilenoglicol, apontado pela Polícia Civil de Minas Gerais como a substância tóxica causadora da síndrome nefroneural. Já são 18 casos, incluindo mortes e internações por intoxicação, de acordo com a Secretaria da Saúde de Minas Gerais.

A juíza federal substituta Anna Cristina Rocha Gonçalves aceitou parcialmente o pedido da fábrica para retomar sua produção, determinada de forma liminar. Na mesma decisão, foi estipulado um prazo de 48 horas para que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresente a análise laboratorial dos tanques de cerveja ainda não periciados.

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A venda da cerveja segue proibida e, para voltar a comercializar as cervejas engarrafadas, a Backer precisará constatar que elas estão livres de contaminação. As informações são do portal G1.

Outras marcas da cerveja estão contaminadas

O Mapa identificou a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol em mais oito produtos da cervejaria Backer. Além das marcas Belorizontina e Capixaba, as substâncias foram encontradas nas marcas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2. Até o momento, as análises realizadas pelos laboratórios federais constataram 21 lotes contaminados.

Operação

Devido às suas propriedades anticongelantes, o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol costumam ser usados em sistemas de refrigeração. A cervejaria Backer, no entanto, tem negado empregar as duas substâncias em sua linha de produção. Procurada, a cervejaria não se pronunciou sobre as novas conclusões do Ministério da Agricultura, nem sobre o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na distribuidora que lhe fornece insumos.

O Ministério da Agricultura informou que continua "atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas”.

No último dia 13, a pasta intimou a empresa a recolher dos estabelecimentos comerciais toda a sua produção vendida a partir de outubro de 2019 até a presente data. Antes disso, o ministério já havia lacrado tanques e demais equipamentos de produção e apreendido 139 mil litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope.

Com informações da Agência Brasil

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