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Há 10 anos Geisy Arruda era hostilizada por causa de vestido cor de rosa em faculdade paulista

"Nunca me pediram sequer desculpas",disse a modelo, que precisou sair da faculdade com escolta policial até sua casa
14:00 | Out. 22, 2019
Autor Jullie Vieira
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Jullie Vieira Repórter
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Tipo Notícia

A modelo paulista Geisy Arruda, 30, usou as redes sociais nesta terça-feira, 22, para relembrar que há dez anos ela era hostilizada em uma faculdade por várias pessoas após ir para a instituição usando um vestido cor de rosa e sapatos de salto alto. Na época, ela precisou se esconder em uma sala de aula e esperar por policiais para escoltá-la até sua casa.

No post, Geisy desabafou e aproveitou para fazer um alerta para todas as pessoas que já se sentiram como ela. “Dia 22 de outubro de 2019, dez anos após o dia que mudou minha vida. Eu pergunto a vocês: O que de fato existe de errado neste vestido? E a Resposta é fácil: Nada , não tem nada errado. O erro está no julgamento das pessoas, o erro está em oprimir e humilhar o próximo”, escreveu.

Em 2009, quando aconteceu o caso, a modelo tinha 20 anos e estava se dirigindo para uma sala de aula do curso de turismo no qual era aluna na Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), quando começou a notar olhares mais invasivos de pessoas que passavam por ela. "Me chamavam de puta e de vadia", escreveu.

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A Uniban, na época, optou por expulsar Geisy da instituição, com a justificativa de que como aluna ela estava agindo com má conduta. Após grande repercussão na mídia, a faculdade voltou atrás. Geisy foi readmitida à instituição, processou a instituição por danos morais e recebeu R$ 40 mil de indenização, mas decidiu não voltar a frequentar o local.

Geisy ficou famosa, participou de realitys, e fala abertamente sobre sua vida nas redes sociais, “Eu vejo tudo isso como um grande problema mundial. Mesmo passando por tudo isso, eu vejo que pouco mudou, nós ouvimos muito sobre as roupas das mulheres , quando usam uma roupa sensual, estão dando a entender que querem sexo e por isso não merecem respeito. Mulheres são livres!! A liberdade das mulheres sobre seu corpo e sua sexualidade precisam ser respeitadas, e essa é a minha luta” explicou.

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