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Mais de 170 mulheres são escravizadas sexualmente por homem de Minas Gerais, aponta investigação

O suspeito chegou a fazer até mesmo um contrato de escravidão consentida com uma das vítimas; ele era líder de um grupo de jovens da Renovação Carismática de uma igreja católica
08:46 | Out. 21, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Pelo menos 173 mulheres foram enganadas e escravizadas sexualmente por um homem em Minas Gerais. Roney Schelb prometia pagar por nudes - fotos e vídeos sensuais - e acabava extorquindo as vítimas, ameaçando a divulgação do material recebido para familiares e amigos. As informações são do programa Fantástico, exibido na Rede Globo neste domingo, 20.

Roney chegou até mesmo a fazer um contrato de escravidão consentida com uma das vítimas. O documento, sem nenhuma procedência jurídica, estabelecia que ele poderia agredi-la com a força que quisesse e a qualquer momento.

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O homem, que era líder de um grupo de jovens da Renovação Carismática da igreja católica, chegou a citar o livro “Cinquenta Tons de Cinza” em uma de suas palestras. Na história, um milionário elabora um contrato de submissão com uma mulher.

Os investigadores descobriram que várias mulheres foram obrigadas a se encontrar pessoalmente com ele e então foram estupradas. “Queria ter relação comigo e gravar todo o dia, mesmo eu não querendo. Eu não podia falar nem para minha melhor amiga. Porque se ele ficasse sabendo que eu estava falando para alguém, ele poderia vir atrás de mim”, relata uma vítima.

Além disso, ele chantageava mulheres de outros estados por meio do “estupro virtual”, prática em que as mulheres eram obrigadas a gravar vídeos com terceiros ou animais e enviar para Roney. Segundo o programa, ele fez vítimas no Ceará. ”Era um cidadão sádico, que praticou um grande número de crimes. Crimes contra a dignidade sexual das mulheres. Crimes contra a humanidade”, ressalta o delegado Magno Machado.

O suspeito nega todas as acusações: “Quando se fala em estupro se imagina atos de violência ou alguma coisa do tipo. Eu nunca fiz nada disso, eu sou inocente."

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