Moradores do Alemão protestam após morte de menina de 8 anos
Os cartazes levados pelos manifestantes trazem frases como "Vidas nas favelas importam", "Não quero enterrar meus filhos" e "Parem de nos matar". Agatha Félix, de 8 anos, morreu após ser baleada nas costas no Complexo do Alemão na noite da última sexta-feira, 20Moradores do Complexo do Alemão organizaram um protesto na manhã deste sábado, 21, após o assassinato da menina Agatha Félix, de 8 anos, na noite da última sexta, 20. Entre as pautas, a comunidade pedia paz e criticava a ação policial que matou Agatha com um tiro nas costas. O ato começou às 8 horas, na região da Grota, e a caminhada seguiu pelas ruas da comunidade, com moradores e populares falando ao microfone.
Segundo informações do Jornal O Dia, durante a manifestação, populares fizeram falas emocionadas. "Eu quero dizer pra esses policiais, que estão ao alcance da nossa voz: pense nos filhos de vocês também, antes de fazer uma covardia dessas. Vocês também têm família, têm mãe, têm filho. Não houve troca de tiros, não. Por favor, respeitem o nosso direito de ir e vir. Aqui é uma comunidade em que moram pessoas de bem. Por favor", suplicou uma moradora.
ATO CONTRA VIOLÊNCIA NO ALEMÃO https://t.co/gJGzxNvNko
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) September 21, 2019Seja assinante O POVO+
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Diversas pessoas estavam presentes no ato. Crianças e mulheres carregavam faixas estampadas com nome da menina Agatha. "Não me mate, policial" era um dos cartazes presentes, segurado por uma criança. Carros de som, buzinas de motos e palavras de ordem também marcaram o momento. Alguns manifestantes vestiam branco e pediam que populares dependurassem lençóis brancos em suas varandas.
Moradores do Complexo do Alemão estão neste momento realizando uma manifestação na entrada da Grota pela violência na favela e pela morte da Ágatha Félix, de 8 anos. pic.twitter.com/tCzzDNoLxb
— Voz das Comunidades (@vozdacomunidade) September 21, 2019
Ágatha Félix foi atingida por um tiro de fuzil na noite dessa sexta-feira, 21, e não resistiu aos ferimentos. A criança estava dentro de uma kombi quando recebeu o disparo de uma policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Segundo moradores, a PM atirava contra um motociclista que passava no mesmo local.
Com informações do Jornal O Dia e Voz das Comunidades
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