Preso pai que desviava dinheiro de campanha de filho com doença rara
Campanha aconteceu em Conselheiro Lafaiete (MG) e pai foi capturado em Salvador (BA), onde levava "a vida numa boa", segundo a Polícia. Ele é suspeito de gastar mais de R$ 600 mil fruto de doaçõesCampanha em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, para arrecadar recursos para um bebê que sofre com a doença Atrofia Muscular Espinhal (Ame), somou cerca de R$ 1 milhão em poucos meses. A boa notícia, porém, se transformou em caso de Polícia após o pai da criança, Mateus Henrique Leroy Alves, 37, desviar parte do dinheiro da campanha para “levar uma vida numa boa” em Salvador, Bahia, onde foi preso nessa segunda-feira, 22, pela Polícia Civil mineira (PCMG).
De acordo com a PCMG, Mateus é investigado há pelo menos uma semana, suspeito de estelionato, depois que sua esposa informou à Polícia que o marido apresentava “comportamento estranho”. Ao viajar, ele repassava informações desencontradas sobre o próprio paradeiro. Ao mesmo tempo, denúncias deram conta de que Mateus estaria fazendo uso de dinheiro que seria para o tratamento do filho.
"Sugerimos à mãe do bebê, que conferisse o saldo nas quatro contas bancárias abertas para receber doações para o tratamento da criança. Ela percebeu vários saques de quantias bem altas", declarou o delegado da Polícia Civil de Conselheiro Lafaiete, Daniel Gomes
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AssinePassados três dias de investigação, a Polícia descobriu que o suspeito estava a mais de 1.400 quilômetros da cidade onde foi realizada a campanha. Em Salvador, investigadores constataram que Mateus levava a “vida numa boa”, em praias. Ele teria gastado mais de R$ 600 mil da quantia arrecadada por meio de doações.
Agentes da PCMG, com auxílio da Polícia Civil baiana, foram até Salvador e capturaram Mateus. O transporte aéreo de volta para Minas Gerais foi realizado em parceria com a Polícia Militar.
De acordo com a PCMG, o suspeito foi preso “usando cordões de ouro”, dizendo estar “arrependido”. Sem detalhar como usou o dinheiro, Mateus teria “pedido perdão” à esposa, segundo a qual, “não sabia de nada”.
O delegado Daniel Gomes informou que as investigações vão continuar. "Agora nós vamos fazer o caminho do dinheiro, identificar prováveis coautores e verificar se, além do estelionato, Mateus Leroy poderá responder por lavagem de dinheiro”, enfatizou.
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