Desarticulada quadrilha responsável por fraudar concurso da OAB; um preso em Fortaleza
Organização criminosa teria invadido o sistema de uma empresa responsável pela elaboração de concursos, inclusive o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)Atualizada em 5/6/2019, às 16h06min
A Polícia Federal (PF) de São Paulo prendeu cinco pessoas durante operação de combate a crimes cibernéticos na manhã desta terça-feira, 4. Intitulada "Singular", a ação encontrou indícios de fraudes bancárias e fraudes em sistema da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizadora de concursos.
Dos mandados de prisão, dois foram cumpridos em São Paulo (um na capital e outro em Santos); dois no Rio Grande do Sul (em Santa Maria e Tapes) e outro em Fortaleza. Os agentes também cumpriram cinco mandados de busca e apreensão.
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AssineOs policiais encontraram sete articuladores da organização criminosa. Eles teriam invadido o sistema da FGV, responsável pela elaboração de concursos, como o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
De acordo com a PF, a quadrilha cobrava valores em criptomoedas para aprovar candidatos que conseguissem chegar à segunda fase do certame.
Outro crime cometido é a fraude bancária eletrônica, com o roubo de dados de cartões de crédito e revenda.
A investigação ocorreu na chamada Deep Web, parte da internet oculta ao grande público.
O crime de formação de organização criminosa prevê pena de 3 a 8 anos de reclusão. já o furto de cartões de crédito prevê de 2 a 8 anos de prisão. Por fim, o crime de invasão de dispositivo informático, pena de 1 a 4 anos.
O POVO Online não teve sucesso nas tentativas de contato com a assessoria de imprensa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na noite desta terça-feira, 4. A assessoria respondeu nesta quarta-feira. A instituição informou estar ajudando a Polícia Federal na apuração da tentativa de fraude.
Confira a nota da FGV na íntegra:
A apuração, pela Polícia Federal, de tentativa de fraude cibernética em um dos exames da Ordem dos Advogados do Brasil tem sido realizada, desde o início, com ajuda e participação da FGV nas investigações, tudo com o necessário sigilo para se alcançar o êxito da operação executada nesta data, desbaratando quadrilha de hackers que atuava, principalmente, na tentativa de invasão de bancos de dados de instituições financeiras.
A OAB também lançou nota:
"De acordo com a PF, um dos hackers da quadrilha invadiu o sistema de informática da empresa responsável pela elaboração de concursos. A Ordem dos Advogados do Brasil vem, desde setembro de 2018, colaborando com a Polícia Federal na investigação. A OAB já solicitou informações da PF sobre os autos e resultados da operação que identificou ataque cibernético ao sistema da Fundação Getúlio Vargas, empresa contratada para a aplicação do Exame de Ordem, e está junto acompanhando as investigações e colaborando com mais informações".
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