ONU: despesa de soropositivos com saúde dificulta acesso a tratamento

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) emitiu nota, nesta terça-feira (7), alertando que, mesmo em países onde os medicamentos são distribuídos gratuitamente, o pagamento por serviços como o diagnóstico e as consultas médicas feitas por soropositivos podem “afastar indivíduos das redes de atendimento, além de levá-los à pobreza".

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção da renda domiciliar mensal que as pessoas gastam com tratamentos de saúde em geral varia de pouco mais de um quinto a quase metade dela. Nos países da Europa Ocidental e Central e da América do Norte, a média é de cerca de 17%, enquanto no Leste Europeu e na Ásia Central é de 47%, aproximadamente. A média entre pacientes latino-americanos é 31%.

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No Brasil, 42.420 pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV, em 2017, segundo o boletim epidemiológico HIV/Aids 2018. Naquele ano, houve a confirmação de 37.791 casos de aids, que é quando a pessoa soropositiva passa a apresentar sintomas da síndrome provocada pelo vírus da imunodeficiência humana.

O HIV, se não for controlado pela terapia antirretroviral (TARV), mina o sistema imunológico do portador, enfraquecendo seu organismo e deixando-o suscetível a doenças oportunistas. Dessa forma, o corpo não consegue reagir diante de doenças como pneumonia, diarreias e tuberculose.

No país, o índice de detecção de aids tem diminuído desde 2012, recuando de 21,7 para 18,3 a cada 100 mil habitantes, em 2017. Também segundo o levantamento do Ministério da Saúde, entre 1980 e junho de 2018, 982.129 casos de aids foram confirmados. Em 2017, 11.463 óbitos tiveram como causa básica a aids, total que produziu uma taxa de mortalidade de 4,8 pessoas a cada 100 mil habitantes.

A OMS estima  que, em 2017, 36,9 milhões de pessoas viviam com HIV em todo o mundo, sendo 3,4 milhões nas Américas. Desse total, 21,7 milhões (58,8%) recebiam terapia antirretroviral.

A transmissão do HIV se dá por meio da troca de fluidos corporais como sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno. O contágio não ocorre quando há compartilhamento de talheres, copos ou outros utensílios domésticos, por meio de beijos, abraços, apertos de mão, nem do contato com suor e lágrimas.

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