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PF solicita prorrogação de inquérito que investiga atentado contra Bolsonaro

Para delegado que investiga o caso, faltam alguns exames periciais e apuração de suposta fraude em rede social do acusado
11:14 | Abr. 25, 2019
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A Polícia Federal de Minas Gerais pediu a prorrogação da investigação que apura atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante a campanha eleitoral do ano passado. Desde que foi iniciada, em setembro, é a terceira vez que a investigação tem pedido de prorrogação.

O delegado Rodrigo Morais Fernandes justifica o pedido argumentando que ainda faltam ser ouvidas pessoas que tiveram contato com Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018.

Além disso, também foi alegado que faltam alguns exames de perícia e apuração de suposta fraude em página de Adélio em uma rede social. O pedido foi emitido nesta quarta feira, 24, e será analisado pelo Ministério Público Federal em Juiz de Fora, local onde aconteceu o ataque. O delegado solicitou mais 90 dias para finalizar o inquérito, que tem como objetivo descobrir se o acusado agiu sozinho ou teve ajuda de cúmplice ou facção criminosa.

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Adélio foi preso logo após o atentado, alegando que o teria cometido por “questões pessoais”. Ele está no presídio federal de Campo Grande, mas a defesa pede sua transferência para um hospital onde receba tratamento adequado, já que Adélio, segundo laudos periciais, é semi-imputável. Isso significa que ele não dispõe de plena capacidade da compreensão dos seus atos, o que poderia reduzir sua pena.

Até agora, tudo indica que o acusado agiu sozinho, mas a PF espera que a prorrogação do inquérito também permita a liberação dos materiais apreendidos com Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adélio. Se liberados, eles serão analisados a fim de descobrir quem pagou os honorários do defensor.

Zanone considerou o pedido de prorrogação “normal”. Contou que ele, a família de Adélio e pessoas próximas tiveram suas vidas vasculhadas, mas nada foi encontrado. “Ele é doidão”, falou sobre seu cliente. Para o Estadão, quando perguntado sobre a investigação de seus honorários, disse que “Isso vão ficar querendo saber... Mas só na próxima encarnação".

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