Catador baleado por militares do Exército morre no Rio
Luciano Macedo foi atingido quando tentava ajudar família do músico Evaldo dos Santos Rosa, que morreu no localO catador de material reciclável Luciano Macedo, baleado durante ação de militares em Guadalupe, na zona oeste do Rio de Janeiro, morreu na madrugada desta quinta-feira, 18, depois de 11 dias internado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele faleceu às 4h20min, no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
Luciano foi baleado no dia 7 de abril, quando tentava ajudar o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, que estava dentro de seu carro e havia sido atingido por diversos tiros disparados por militares do Exército. O músico morreu no local. Os militares também atingiram o sogro de Evaldo, Sérgio Araújo, que foi atingido nas costas, mas já recebeu alta hospitalar.
Em uma nota divulgada à imprensa, no dia da ocorrência, o Comando Militar do Leste disse apenas que um pedestre tinha sido atingido em um "tiroteio", mas não assumiu a autoria dos tiros que atingiram o catador, apesar de ter assumido a responsabilidade pelos disparos que mataram Evaldo e feriram Sérgio. O carro da família de Evaldo foi atingido por 80 tiros.
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AssineNove militares foram presos preventivamente por decisão da Justiça Militar depois que o Exército abriu investigação sobre o tiroteio, devido a inconsistências na versão dos militares envolvidos.
Transferência
Uma decisão judicial da última terça-feira, 16, determinou a transferência de Luciano Macedo para um hospital que tivesse mais estrutura para atender o caso.
Apesar disso, ele não foi transferido e, no dia seguinte, foi submetido a uma cirurgia. Uma nova decisão, dessa quarta-feira, 17, tinha reforçado a necessidade de transferência.
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