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Justiça Militar decreta prisão preventiva de nove militares do Exército por morte de músico no Rio

Defesa do grupo comunica estar "indignada" com a decisão e diz que vai pedir habeas corpus
22:42 | Abr. 10, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

A juíza Mariana Queiroz Aquino, da 1ª auditoria da Justiça Militar, decretou converter em prisão preventiva, por tempo indeterminado, as prisões dos militares envolvidos na morte do músico Evaldo dos Santos Rosa. O artista foi assassinado na tarde do último domingo, 7, após ser alvejado por mais de 80 tiros disparados por homens do Exército. A vítima faleceu no carro em que estava sob a companhia da família.

Com grande repercussão, 10 dos 12 soldados que estavam na guarnição envolvida nos disparos foram presos em flagrante. Segundo os suspeitos, eles estariam perseguindo supostos assaltantes no bairro de Guadalupe, na capital carioca, por isso teriam efetuado a execução.

Perícia da Polícia Civil, no entanto, informou que as pessoas que estavam no carro não se tratavam de criminosos, mas de uma família. Evaldo, de 51 anos, morreu no automóvel, ocupado ainda por sua esposa, filho e sogro. Com a contradição de versões, o Exército determinou a prisão em flagrante de dez militares envolvidos por descumprimento das regras de engajamento.

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Nesta quarta-feira, 10, após audiência de custódia, a Justiça Militar manteve a primeira ordem para nove envolvidos na ação, conduzida pelo 1º Batalhão de Infantaria Motorizado, do Exército. Apenas o soldado Leonardo Delfino Costa teve liberdade provisória garantida, a pedido do Ministério Público Militar. Ele estava no dia, mas informou não ter atirado, o que não foi contestado por nenhum colega.

Já os demais são suspeitos de cometer homicídio doloso e tentativa de homicídio. Todos ficarão presos de forma preventiva. De acordo com a Folha de S. Paulo, a defesa do grupo comunicou estar “indignada” e que pedirá habeas corpus.

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