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Com um quarto somente para guardar dinheiro, Paulo Preto colocava notas no sol para evitar mofo

As informações, publicadas pela Veja, são do procurador Roberson Pozzobon e foram relatadas à Operação Lava Jato pelo doleiro Adir Assad, que está em um acordo de delação premiada.
13:46 | Fev. 20, 2019
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Após ser preso pela terceira vez nessa terça-feira, 19, em São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, teria guardado mais de R$ 100 milhões em uma residência em São Paulo, onde, inclusive, colocava as cédulas ao sol para não mofar.

As informações, publicadas pela Veja, são do procurador Roberson Pozzobon e foram relatadas à Operação Lava Jato pelo doleiro Adir Assad, que está em um acordo de delação premiada.

Paulo Preto é engenheiro e ex-presidente da Dersa. Segundo a delação de Assad, a Odebrecht precisava de operadores com "alto volume de recursos" para pagar propina em dinheiro a candidatos que disputavam as eleições de 2010.

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Já que Paulo movimentava recursos para o exterior, a Odebrecht teria feito transferência dos valores nas contas dele no exterior. Assad, então, coletaria o dinheiro em espécie no imóvel de Paulo, que ficava em São Paulo.

Pozzobon informou que Paulo teria "um quarto só para guardar dinheiro" na referida residência. Com base na declaração de Assad, Paulo Preto colocava "as notas de reais para tomar sol, porque senão elas emboloravam".

Paulo é apontado como operador de esquemas que envolvem o PSDB e um complexo esquema de lavagem de dinheiro de corrupção praticada pela Odebrecht entre 2007 e 2017. As transações superam R$ 130 milhões, saldo de contas controladas por Paulo Preto, na Suíça, no início de 2017.

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