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Laudo aponta fratura típica de esganadura em advogada morta no Paraná

Investigação da polícia indica que o marido de Tatiane Spitzner, o professor Luís Felipe Manvailer, foi responsável por matá-la. Vídeo de câmeras de segurança em que ele agride a esposa foi divulgado
10:45 | Ago. 06, 2018
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Perícia realizada no corpo de Tatiane Spitzner, encontrada morta depois de cair do 4º andar em Guarapuava, no Paraná, no fim de julho, indica que a vítima sofreu fratura no pescoço típica de esganadura. O marido da advogada, o professor Luís Felipe Manvailer, é o principal suspeito pela morte. Imagens gravadas por câmeras de segurança onde morava o casal mostram o homem agredindo a esposa por 20 minutos até que ela caísse da varanda. O vídeo também mostra o homem recolhendo o corpo e posteriormente limpando marcas de sangue do elevador.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) tem até esta segunda-feira, 6. para oferecer denúncia à Justiça contra Luís Felipe Manvailer. Ao portal G1, o MP afirmou que deve denunciá-lo por feminicídio, com quatro agravantes, e pedir que ele vá a júri popular. Segundo o portal, que teve acesso ao laudo, foram indicadas marcas nas laterais do pescoço de Tatiane. 

A suspeita é de que Luís Felipe tenha apertado o pescoço da mulher com as mãos até provocar asfixia e fratura. Ele é lutador de artes marciais e vinha tomando suplementos alimentares e anabolizantes para ficar mais musculoso. 

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Tatiane e Luís eram casados desde 2013, mas a relação era apontada por amigos e familiares como abusiva. Segundo relato de uma amiga, ele maltratava a esposa e a tratava de forma pejorativa. Ela também contou que amigas já haviam encontrado hematomas no corpo da advogada, mas ela nunca falava sobre o assunto. Conversas de Tatiane com a amiga mostram ela se referindo ao marido como “grosseiro” e “estúpido”, e dizendo que ele tinha “ódio mortal” por ela. 

Luís Felipe foi preso após sofrer um acidente de carro na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, a 340 quilômetros de Guarapuava. Ele saiu no carro da esposa horas após o crime em direção ao Paraguai, segundo a Polícia. Ele foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado, motivo torpe, uso de meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima e condição do sexo feminino (feminicídio), além do furto do carro da vítima. O professor, no entanto, nega ter matado a esposa e diz que ela pulou da sacada durante discussão entre o casal.

Ainda falta à investigação os laudos da necropsia, que deve indicar se a advogada foi morta antes de cair ou com a queda do quarto andar; das perícias nos celulares de Tatiane e de Luís Felipe; e da perícia feita com ajuda de um boneco no prédio onde o casal morava. 
 
Redação O POVO Online 

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