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Jovem denuncia agressão em dia de jogo do Brasil: "vai apanhar para parar de ser veado"

O estudante relata estar com medo de sair à noite e acontecer a mesma coisa
10:41 | Jul. 13, 2018
Autor O POVO
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Lucas Acacio de Souza, 23, estava tomando um banho de mar com amiga para comemorar as férias da faculdade quando foi pedir um isqueiro para alguns homens que o agredidaram por não gostar da forma como o jovem falava. O caso aconteceu na última sexta-feira, 6, em Santos, São Paulo, minutos antes de Brasil x Bélgica. Informações são do portal Uol.

Lucas, que é gay, relata que os homens se mostraram hostis desde o começo da aproximação. Conforme o paulista, dois homens começaram a agressão e depois mais outros quatro se juntaram. "Eu falei para a minha amiga o que tinha acontecido, ela não gostou e foi reclamar com eles. Eles chegaram a bater nela e eu fui defendê-la. Disseram para ela 'seu namoradinho vai apanhar para parar de ser veado'
 
O estudante de publicidade relatou a agressão em publicação no Facebook no último dia 9 de julho. O post já conta com mais de 11 mil compartilhamentos. "Estávamos na praia, nadando, brincando. A gente estava feliz e eles se incomodaram com o meu jeito. Tudo isso aconteceu minutos antes do jogo do Brasil, enquanto todo mundo olhava para a televisão, eu estava apanhando", desabafou o estudante da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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Acacio comenta que a única pessoa que prestou socorro foi um morador de rua que presenciou o momento. O homem os ajudou a subir em um ônibus que os levou para o hotel onde estavam hospedados. A queixa só foi prestada na terça-feira, 10, que era o primeiro dia útil após feriado em São Paulo. O Boletim de Ocorrência foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

O morador de São Paulo relata estar com medo de sair à noite e acontecer a mesma coisa. "Não foi a primeira agressão que sofri esse ano, que dirá na vida. Mas até quando? Até quando vão nos matar por sermos do jeito que somos? Até quando vão ignorar o problema?", questiona.
 
Redação O POVO Online 

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