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Exército barra advogadas com camisetas de Lula em cafeteria no Rio de Janeiro

Camisas pediam a liberdade de Lula, preso na Polícia Federal desde o dia 7 de abril
16:55 | Jun. 01, 2018
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[FOTO1]Três advogadas que usavam camisas de apoio ao ex-presidente Lula foram barradas na entrada de uma cafeteria, no último domingo, 27, no Rio de Janeiro. O estabelecimento é localizado no interior do Forte de Copacabana, uma base do Exército. De acordo com o portal Uol, os agentes do Exército citaram regra eleitoral para o impedimento.

Eles teriam alegado que as mulheres estavam se manifestando politicamente em ambiente militar. As camisetas eram vermelhas e continham a expressão "Lula Livre". Dias antes, o Comando do Exército divulgou regras para ambientes internos visando o período eleitoral deste ano. Uma das normas proibia "manifestações de cunho político-partidárias" nas instalações militares.

Ainda conforme o portal Uol, as advogadas afirmaram que estavam no local a turismo e não realizavam propaganda política. "Eu não estou fazendo manifestação política", diz uma das mulheres em vídeo. "São vocês que estão fazendo manifestação política", diz outra.

Uma das mulheres justifica que o acesso da cafeteria é público. "Quem está fazendo manifestação politica são vocês ao me impedir de entrar, eu ia exercer um direito que é meu. Vocês abriram este espaço e estão alegando agora que é das Forças Armadas, mas o restaurante aí dentro paga para as Forças Armadas", diz.

"Tem sim uma campanha de libertação, mas não é um ato político. Meu direito de ir e vir está sendo negado. Isso é abuso de autoridade", protestou. "Estou gritando porque vocês estão impedindo um direito meu".
 
Conforme o Exército, os militares impediram a entrada das mulheres por entender que as vestimentas faziam alusão ao Partido dos Trabalhadores, que Lula faz parte. Outro motivo apontado foi o fato das mulheres estarem em local que pertence ao Exército Brasileiro. 
 
Lula está preso na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o dia 7 de abril. Condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Lava Jato, ele cumpre 12 anos e um mês de reclusão.
 
Redação O POVO Online

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