MST invade parque gráfico do jornal O Globo
Ação acontece desde às 5h30min[FOTO1]O parque gráfico do jornal O Globo foi invadido por integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), na manhã desta quinta-feira, 8. A manifestação, no Rio de Janeiro, seria formada por cerca de 400 integrantes que teriam chegado em 10 ônibus, conforme O Globo informou. No ano passado, também no Dia Internacional da Mulher, o movimento ocupou fazenda do empresário Eike Batista.
De acordo com o MST, a manifestação, que começou às 5h30min da manhã, contava com cerca de 800 mulheres. Os movimentos Levante Popular da Juventude, Movimento dos Atingidos por Barragens e Movimento dos Pequenos Agricultores participaram da iniciativa.
[SAIBAMAIS]
"Objetivo é denunciar a atuação decisiva da empresa sobre a instabilidade política brasileira", diz texto publicado no site do MST. O protesto destaca "a articulação da Globo no processo do golpe", citando o impedimento da presidente Dilma em 2016 e a "perseguição ao presidente Lula, para inviabiliza-lo como candidato em uma eleição democrática".
Membro da diretoria do MST, Maria Gomes de Oliveira afirma que a empresa "promove o medo para manter a classe trabalhadora calada". Ela afirma ainda que o presidente Temer e aliados se aproveitam de um anseio da sociedade para esconder sua estratégia eleitoral”, explica.
O Globo afirma que as manifestantes picharam mensagens políticas em vidraças, paredes, sofás e no piso do prédio, além de atear fogo em pneus nas proximidades da fachada. A empresa firma ainda que, devido a grande quantidade de pessoas, seguranças não conseguiram impedir a entrada.
O Globo afirma que as manifestantes picharam mensagens políticas em vidraças, paredes, sofás e no piso do prédio, além de atear fogo em pneus nas proximidades da fachada. A empresa firma ainda que, devido a grande quantidade de pessoas, seguranças não conseguiram impedir a entrada.
Em nota, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiam o ato.
Em nota conjunta, as entidades afirmaram que "é inadmissível que um grupo, que se diz defensor das causas sociais, ameace e ataque profissionais e meios de comunicação que cumprem a missão de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público".
O texto diz ainda que "atos criminosos como este são próprios de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático, e não pautarão os veículos de comunicação brasileiros". A Abert, a Aner e a ANJ pedem apuração dos fatos, "com a punição dos responsáveis, para que vandalismos como este não voltem a se repetir".
Redação O POVO Online
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