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Santander fará exposições sobre diversidade após acordo com o MPF

MPF-RS considerou que o fechamento antecipado do Queermuseu, em 2017, feriu a liberdade de expressão artística; novas exposições devem abordar também o empoderamento das mulheres na sociedade contemporânea
12:01 | Jan. 11, 2018
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[FOTO1]Após suspender a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, em Porto Alegre, o Santander Cultural fará duas novas exposições abordando a “diferença e diversidade”. Medida compensatória foi acordada em Termo de Compromisso Consensual entre a instituição e o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS). As informações são do O Globo.


O MPF reconheceu o cancelamento da mostra como prejuízo à liberdade de expressão artística e estabeleceu um prazo de até 18 meses para que as exposições sejam realizadas. O descumprimento do acordo resultaria em multa de R$ 800 mil. O Santander se comprometeu a patrocinar as duas exposições que devem permanecer abertas cerca de 120 dias.

 

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A decisão considera ainda inconstitucional a interferência na exposição. Uma vez que ela foi aprovada pelo Ministério da Cultura, e realizada com recursos obtidos por meio da Lei Rouanet. O Queermuseu, que apresentava nomes como Cândido Portinari, Ligia Clark e Leonilson, foi suspenso um mês antes do término previsto, em setembro de 2017, após protestos realizados por grupos conservadores como o Movimento Brasil Livre (MBL) e repercussão nas redes sociais.

 

Opositores à exposição diziam que as obras faziam apologia à pedofilia, zoofilia e ofendiam a religiãoÀ época, o MPF havia recomendando a reabertura do evento. No entanto, o Santander não cumpriu. As novas exposições devem abordar a intolerância por meio de quatro temas:  gênero, orientação sexual, étnica e de raça, liberdade de expressão e demais formas de intolerância. Também deverão discutir sobre o empoderamento feminino na sociedade contemporânea. Eventos devem durar cerca de oito semanas cada um.

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