Brasileiro que ficou preso por 11 dias na Venezuela diz que premeditou a própria prisão
Diniz afirma que queria chamar atenção para a sua ONG Time to Change the Earth (hora de mudar a terra)[FOTO1]
O brasileiro Jonatan Moisés de Diniz, que ficou preso durante 11 dias na Venezuela e foi acusado de ter elos com organizações criminosas, afirmou que premeditou a sua prisão porque queria chamar atenção para o trabalho desenvolvido por sua ONG, a Time to Change the Earth (hora de mudar a terra). As informações são da Folha de São Paulo.
As afirmações foram divulgadas por meio de vídeo feito pelo próprio Diniz, na última quarta-feira, 10, em Balneário Camboriú, durante apresentação da entidade em que o rapaz idealizou e é vice-presidente.
No vídeo, o ativista relata que foi preso porque incitou a situação, além de explicar que ele sozinho não tem voz, mas ao ir para cadeia aconteceu o que estava em seus planos. Ele diz que seu plano foi um “ato sem medo” e que enfrentou pessoas poderosas, ligadas ao presidente e às Forças Armadas.
Diniz também criticou a imprensa e disse que ninguém nunca perguntou sobre as crianças que ele ajudou, e se concentraram apenas em em relatar os detalhes da sua prisão e seu passado no país caribenho. Desde que chegou à Venezuela, o ativista se tornou mais ativo nas redes sociais, publicou fotos com as crianças que ajudou, com os amigos e da sua ONG.
De acordo com a Folha, Diniz tem um histórico de problemas psiquiátricos e já foi internado em um hospital de Los Angeles.
A presidente da ONG, Veridiana Maraschin, informou a Folha que o ativista decidiu ir à Venezuela por conta própria. Ela também afirma que naquele momento a entidade ainda estava em processo de fundação, sem cadastro na Receita Federal, conta de banco ou sede.
Na terça-feira, 9, Diniz publicou um relato sobre as condições de seus 11 dias em cárcere e informou que só recebeu comida 3 dos 11 dias que passou preso, além de dividir cela com mais oito detentos e sofrido com tortura psicológica.
Redação O POVO Online
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