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Candidatos surdos vão poder avaliar recurso de acessibilidade no Enem

O Enem 2017 teve 1.925 solicitações de atendimento especializado para surdez e 4.390 para deficiência auditiva
19:58 | Nov. 06, 2017
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Os candidatos surdos ou deficientes auditivos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com a videoprova traduzida em Língua Brasileira de Sinais (Libras) vão poder fazer uma avaliação do recurso, que foi oferecido pela primeira. Um questionário de avaliação, no mesmo formato, com perguntas e respostas apresentadas em Libras, está disponível na Página do Participante do Enem.

A partir da avaliação dos participantes, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fará ajustes no recurso. A expectativa é que mais surdos e deficientes auditivos optem pela videoprova nos próximos anos.

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O Enem 2017 teve 1.925 solicitações de atendimento especializado para surdez e 4.390 para deficiência auditiva. Além da videoprova era possível optar pelo Tradutor-Intérprete de Libras.

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O recurso é importante porque muitos surdos e deficientes auditivos têm a Libras como primeira língua e o português como segunda língua, o que dificulta o entendimento da prova no formato tradicional. Nesse ano, além da videoprova em Libras, o tema da redação do Enem foi Desafios para Formação Educacional de Surdos no Brasil.

Videoprova

Na videoprova traduzida em Libras as questões e as opções de respostas são apresentadas em Libras por meio de um vídeo. A videoprova tem o mesmo número, ordem e valor de questões da prova regular.

Cada participante recebe um notebook para fazer as provas. As orientações, os enunciados das questões e as alternativas de respostas são apresentadas em Libras por meio de vídeos gravados em DVDs. O participante pode escolher qual área do conhecimento fazer primeiro e poderá assistir aos vídeos na ordem que preferir. A redação também deve ser escrita em português.

O novo recurso de acessibilidade do Enem foi desenvolvido pelo Inep e sua Comissão de Assessoramento em Libras, composta por professores, pesquisadores e especialistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), entre outros.

Agência Brasil

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