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STF autoriza continuidade das ações da Lava Jato e delatores são convocados

Com a decisão, os depoimentos deverão começar nesta terça-feira e homologação não deverá atrasar tanto quanto se imaginava
08:49 | Jan. 24, 2017
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Informações atualizadas às 10h50min

 

A ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, autorizou os juízes auxiliares de Teori Zavaski a darem andamento aos trabalhos da Operação Lava Jato, interrompidos após a morte do ministro na semana passada. A  decisão foi tomada durante o recesso da suprema corte dada a urgência do tema.

Ainda nesta terça-feira, 24, serão iniciados os depoimentos de homologação do acordo de delação premiada dos 77 executivos da Odebrecht. Pelo menos dois delatores foram convocados para prestar depoimento.

O ministro Teori Zavascki era relator da Lava Jato e trabalhava durante o recesso nas 77 delações da Odebrecht que se encontram em seu gabinete e estavam prestes a ser homologadas, isto é, a serem validadas como prova.

Teori já havia autorizado que seus juízes auxiliares começassem, esta semana, a ouvir os delatores para saber se eles prestaram de livre e espontânea vontade as informações que constam nos mais de 800 depoimentos colhidos pelo Ministério Público Federal (MPF). Esta é uma etapa formal do processo.

A ministra Cármen Lúcia passou boa parta de tarde desta segunda-feira, 24, no gabinete de Teori Zavascki, onde conversou com os juízes auxiliares do ministro. Devido ao sigilo dos processos, não é possível saber se a autorização para que os depoimentos sejam retomados diz respeito a uma delação específica ou a todas.

Na ocasião, ela recebeu em seu gabinete o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem cabe solicitar urgência na apreciação das delações da Lava Jato. Durante o recesso do Judiciário, Cármen Lúcia pode autorizar atos emergenciais em processos que tramitam no STF.

Há uma grande expectativa da sociedade e, principalmente, da classe política em relação às delações de executivos da Odebrecht, pois segundo informações vazadas anteriormente, dezenas de políticos em exercício são citados como envolvidos no mega esquema de corrupção da Petrobras. 

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 Redação O POVO Online com informações da Agência Brasil

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