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Campanhas nas redes sociais pedem o fim da cultura do estupro

Após a divulgação do vídeo, fotos dos perfis no Facebook foram cobertas com os dizeres "eu luto pelo fim da cultura do estupro" e "Precisamos falar sobre a cultura do estupro"
10:40 | Mai. 27, 2016
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Tipo Notícia

No Rio de janeiro, o caso do estupro coletivo sofrido por uma adolescente de 16 anos, que foi dopada e brutalmente violentada por pelo menos 30 homens chocou o mundo. Não bastasse o fato repugnante do estupro, o vídeo do crime foi divulgado na quarta, 25, na internet e comentários machistas e misóginos (desprezo ou repulsa ao gênero feminino) culpavam a vítima pelo acontecido. Em protesto contra esse tipo de violência sofrida por mulheres, campanhas nas redes sociais pedem o fim da cultura do estupro.

Após a divulgação do vídeo, fotos dos perfis no Facebook foram cobertas com os dizeres “eu luto pelo fim da cultura do estupro” e “Precisamos falar sobre a cultura do estupro''. Outra forma protesto foi o a hashtag #QueroUmDiaSemEstupro, usada em sinal de protesto a um crime que ainda faz vítimas todos os dias no Brasil.  A imagem de uma mulher sangrando foi compartilhada nas redes sociais e hastags #machistasnãopassaram foram compartilhadas milhares de vezes. 

A adolescente violentada desabafou nas redes sociais e disse: 'Não dói o útero e sim a alma'. 

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A atriz e apresentadora, Monica Iozzi, publicou no seu perfil do Facbeook um texto e chamou os homens para uma reflexão sobre o caso. 

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A atriz Camila pitanga, também publicou sua indignação e diz estar consternada e sufocada. 

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Uma vigília em intenção da adolescente violentada foi marcada pelo Facebook e realizada na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Na página do evento os organizadores convocaram a população e reforçaram que a mobilização era um  protesto contra a cultura e a naturalização do estupro.

A Organização das nações unidas Mulheres, entidade das nações unidas para a igualdade de gênero e empoderamento das mulheres,  divulgou uma nota sobre o caso e que diz “À sociedade brasileira, a ONU Mulheres pede a tolerância zero a todas as formas de violência contra as mulheres e a sua banalização”.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública(FBSP), uma mulher é violentada a cada 11 minutos no Brasil. De acordo, com Samira Bueno, cientista social e diretora executiva, a cultura de estupro está ligada a um comportamento machista e misógino, que entende que os homens têm direito de objetificar (tratar como objeto) a mulher e machucá-la como quiser.

Para denunciar casos de violência sexual contra a mulher ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher 

Redação O POVO Online

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