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A cada 11 minutos uma mulher é violentada no Brasil, diz levantamento

O indicativo de uma mulher estuprada a cada 11 minutos pode ser muito mais grave, pois apenas de 30% a 35% dos casos são registrados
13:49 | Mai. 27, 2016
Autor O POVO
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Tipo Notícia
Uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos, segundo dados levantados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estupro coletivo que aconteceu no Rio nesta semana, que mobilizou o País inteiro sobre o combate à violência contra a mulher, foi o caso mais grave já registrado pela organização que formula análises e estuda estatísticas sobre violência.

"O que chama a atenção é a brutalidade em pensar que mais de 30 homens estupraram a adolescente e nenhum deles, em momento algum, tentou impedir", disse à revista Exame a cientista social e diretora executiva do DBSP, Samira Buena. Até então, o episódio mais chocante era o estupro de quatro meninas no Piauí.

A especialista destaca que o estupro está vinculado à cultura machista e misógina, "que entende que os homens têm direito de ferir a mulher". As negras são as principais vítimas letais, mas as estatísticas das secretarias de Segurança Pública apontam ainda que mulheres de diferentes classes e raças sociais são violentadas.

[SAIBAMAIS 2] O indicativo de uma mulher estuprada a cada 11 minutos pode ser muito mais grave, pois apenas de 30% a 35% dos casos são registrados. A relação pode ser de um estupro a cada minuto, alerta Samira.

No Brasil, 47,6 mil mulheres foram estupradas em 2014, última estatística divulgada. No Estado do Rio, foram 5,7 mil casos. Na cidade onde a adolescente de 16 anos foi estuprada por mais de 30 homens, já foram registradas 507 queixas de estupro neste ano.

Na região da 28ª Delegacia de Polícia, que inclui a Praça Seca (local do estupro coletivo), foram registrados 20 casos em 2016. A violência contra estimulou várias campanhas de combate à cultura do estupro. "Não foram 30 contra 1, foram 30 contra todas. Exigimos justiça!", é uma das mensagens divulgadas por internautas.

Redação O POVO Online

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