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61% dos profissionais LGBT escondem sua orientação sexual no trabalho

Brasileiros não se sentem confortáveis para se assumirem no trabalho para colegas e gestores
18:02 | Fev. 04, 2016
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Muitos profissionais brasileiros que fazem parte da população LGBT não se sentem confortáveis para se assumirem no trabalho, apesar de 75% das empresas terem políticas que proíbem discriminação por identidade de gênero e orientação sexual. Estudo divulgado em janeiro passado pelo Center for Talent Innovation mostra que 61% dos funcionários LGBT no Brasil dizem esconder sua sexualidade para colegas e gestores.

A pesquisa ouviu mais de 12,2 mil profissionais sendo realizada em duas etapas. Além do Brasil participaram da pesquisa os países como China, Rússia, Cingapura, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. Deste total, 1.964 são lésbicas, gays, bissexuais e transexual.

Além de 61% dos profissionais LGBT não assumirem sua orientação sexual ou identidade de gênero, no Brasil, 49% disseram que não a escondem, mas não falam abertamente sobre o assunto no ambiente de trabalho e alteram o próprio comportamento para se integrar entre colegas.

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Em outros países, o percentual é mais baixo, mas continuam próximos dos 50% como, por exemplo, na África do Sul. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, estes percentuais caem para 30% e 28%, respectivamente. O maior impedimento para assumir é a discriminação.

Apesar dos avanços em relação ao tema, o estudo aponta ainda que a homossexualidade é considerada um crime em 75 países, como Índia, Rússia e Cingapura. Em oito deles têm leis que preveem pena de morte para quem tiver relações homoafetivas. Nestes países, o número de profissionais LGBT que assumem a orientação cai drasticamente.

Em todo o mundo 500 empresas, citadas pela Fortune, 93% proíbem qualquer discriminação de identidade de gênero e orientação sexual. Para a fundadora e CEO do Center for Talent Innovation, Sylvia Ann Hewlett, este fato tem ligação com a produtividade da empresa.

"Profissionais LGBT que trabalham para companhias que os fazem se sentir mais seguros em relação a qualquer discriminação tendem a ser mais engajados com o trabalho e a darem mais resultados", disse Hewlett.

Redação O POVO Online

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