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Jovens detidos em protesto contra fechamento de escolas são liberados

Dentre os quatro estudantes que foram encaminhados ao 23º DP, em São Paulo, três eram adolescentes

18:05 | 02/12/2015

Os dois jovens que continuavam detidos por envolvimento no protesto estudantil desta manhã contra a reorganização escolar em São Paulo foram liberados por volta das 17h. Quatro estudantes tinham sido encaminhados ao 23° Distrito Policial, no bairro de Perdizes, sendo três adolescentes e um maior de idade. Eles respondem por desacato a autoridade. Os estudantes são contra a proposta do governo estadual, que levará ao fechamento de 93 escolas da rede de ensino.

[SAIBAMAIS1]Ainda de manhã, o rapaz de 20 anos foi levado ao hospital para suturar um corte na nuca e voltou para a delegacia com a cabeça enfaixada. Advogados que acompanhavam os jovens informaram que eles farão exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal para registrar a agressão e registrarão boletim de ocorrência posterior.

Os estudantes foram detidos durante um protesto na Avenida Doutor Arnaldo, região central da capital paulista, quando bloqueavam parte da pista com carteiras escolares. Eles interditavam a via no sentido centro e foram retirados à força pela Polícia Militar (PM). Segundo os estudantes, a polícia agiu de forma violenta.

“A gente estava muito pacífico, muito tranquilo. Os policiais vieram e pegaram a cadeira em que a gente estava sentado. Depois foi piorando porque ninguém queria sair. Falaram que não podia bloquear tudo”, disse Willian Dias de Andrade Silva, estudante da Escola Romeu de Moraes. Segundo os alunos, quando um contingente maior de policiais chegou, partiu para a agressão com cassetetes.

O governo de São Paulo publicou ontem, no Diário Oficial do estado, o decreto que autoriza a transferência de professores para implementação da reorganização escolar, que afetará 311 mil alunos. O objetivo é separar as escolas por ciclos, entre os anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio.

A medida é criticada pela ausência de diálogo com a comunidade escolar e pode ser alvo de ação do Ministério Público Estadual.

Agência Brasil

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