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Produtora de série brasileira da Netflix é acusada de racismo

E-mail cita que o ideal seria um ator negro muito bonito, mas por conta da ''dificuldade'', também seriam realizados testes com bons atores, lindos, que não sejam negros

13:56 | 30/10/2015
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O vazamento de um e-mail de recrutamento de atores para a série "3%", na Netflix, gerou polêmica na Internet nesta sexta-feira, 30. A mensagem enviada pela %2bAdd Casting, produtora responsável pela formação do elenco, pede um "ator negro bonito" e cita o "grau de dificuldade" da tarefa.

"A direção gostaria que ele fosse negro, então o ideal seria ter um ator negro e muito bonito. Mas, conscientes do grau de dificuldade, faremos testes também com os bons atores, lindos, que não sejam negros", diz o texto, que circula pelas redes sociais. Na página oficial no Facebook, a produtora recebeu uma série de críticas e pediu desculpas.

Em nota, a %2bAdd Casting afirma que o "grau de dificuldade" de deve ao fato de que uma parte mínima do casting é composto de pessoas auto declaradas negras. "O problema foi de má colocação das palavras e não de intenção ou de prática preconceituosa. A proposta da %2bAdd Casting era a de garantir a participação de todas as pessoas interessadas na produção, inclusive ao abrir espaço para pessoas não cadastradas em agências", completa.

A Netflix disse que o e-mail foi enviado sem a sua aprovação e lamentou o ocorrido. "Estamos trabalhando para tomar as devidas providências", afirma", afirma.
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Primeira produção inteiramente brasileira, "3%" retrata um mundo dividido entre progresso e miséria. Na história, apenas 3% da população miserável tem a chance de passar para o outro lado, por meio de um processo de seleção cruel.

Dirigida por Cesar Charlone, diretor de fotografia de "Cidade de Deus" e de "Ensaio sobre a Cegueira", 3% será protagonizada por João Miguel e Bianca Comparato. Alguns episódios da série, escrita por Pedro Aguilera, já haviam sido filmados e colocados na Internet. Veja:
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Redação O POVO Online
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