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Corregedoria investiga participação de policial em estupro coletivo no Piauí

Comandante disse que será investigada possível influência do PM no caso. Segundo denuncias, o policial teria pago R$ 2,5 ao jovem morto em Centro Educacional Masculino

11:19 | 11/08/2015
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A corregedoria da Polícia Militar (PM) do estado do Piauí abriu um inquérito policial nesta segunda-feira, 10, para iniciar investigações sobre a participação de um PM no estupro coletivo ocorrido na cidade de Castelo Branco do Piauí no último mês de maio.

De acordo com o processo, o policial teria sido citado pelos três adolescentes condenados como o mandante do estupro coletivo. Segundo o promotor de justiça responsável pelo caso, Cesário de Oliveira, uma das hipóteses ressaltadas é a de que o adolescente espancado até a morte no Centro Educacional Masculino teria participado sozinho do crime. Além disso, ele teria recebido R$ 2,5 mil para acusar os outros menores como participantes.

Conforme a denúncia da Defensoria Pública do Estado, o policial - que teve seu nome mantido em sigilo até o final das investigações - não teria aceitado o fato de ser transferido para o município vizinho de Campo Maior, e teria pago ao jovem para iniciar ações de criminalidade na cidade para que a população sentisse sua falta.

[SAIBAMAIS 3] 

Após a repercussão do caso, segundo o advogado do policial, Anderson Cleber Sousa, afirmou que o PM é inocente e disse que tudo não passa de boato. “O Ministério Público denunciou e a Justiça sentenciou os jovens pelo crime. O que existe são boatos, então, não tem nada que vincule esse policial a esse fato que a imprensa está colocando”, ressalta.

Ainda segundo Anderson Cleber, o policial conhece o adolescente, mas porque participou da prisão do jovem e não por outros motivos.

Afastado

Nesta segunda-feira, o policial que estava lotado no 15º Batalhão, foi afastado e responderá a um processo administrativo na corregedoria da Polícia Militar até que o caso seja solucionado.

Para o coronel responsável pelo afastamento do policial, Carlos Augusto, todos os procedimentos legais para a solução do caso estão sendo feitas. "Estamos tomando as providências cabíveis, pois não vamos esperar o término do processo sobre o estupro coletivo para investigar esta denúncia. Recebemos uma documentação da defensoria pública, no qual denuncia a participação do PM no crime ocorrido em Castelo", afirma o coronel.

Participação dos adolescentes

Depois de a Defensoria Pública afirmar que os outros jovens não participaram do crime em Castelo, a delegada titular da Delegacia da Mulher de Teresina, Ana Melka Cadena, afirmou que não há dúvidas sobre a participação dos outros menores no estupro coletivo.

 

Redação O POVO Online

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