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Mais de 70% dos brasileiros buscam rede pública de saúde, diz pesquisa

Os dados são da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça

10:00 | 02/06/2015

O segundo volume da Pesquisa Nacional da Saúde (PNS) 2013 revelou a busca majoritária da população brasileira por médico ou serviço de saúde na rede pública. O estudo divulgado nesta terça-feira, 2, às 10h, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirma que 71,1% dos 156,1 milhões de brasileiros costumavam procurar este tipo de atendimento.

De acordo com o relatório, três em cada quatro brasileiros costumavam buscar atendimento na rede pública. A procura por atendimento na Unidade Básica de Saúde chega a 47,9%, enquanto por Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público; Hospital Público ou Ambulatório; e Centro de Especialidades, Policlínica Pública ou PAM; o interesse é de 11,3%, 10,1% e 1,8%, respectivamente.

A pesquisa afirma que os estabelecimentos particulares de serviços de saúde foram apontados como o local onde 20,6% das pessoas costumavam buscar atendimento. Os Estabelecimentos Privados de Pronto Atendimento ou de Emergência de Hospital foram mencionados por 4,9% das pessoas, seguidos por farmácias (2,9%).

Enquanto a rede pública foi a mais procurada do serviço de saúde, o atendimento dentário apresentou situação inversa. Em 2013, a busca por dentistas ocorreu de forma dominante em clínica privada ou particular, totalizando 74,3% de atendimentos.

O relatório foi realizado em convênio com o Ministério da Saúde e traz dados sobre acesso e uso de serviços de saúde, a cobertura do Programa Saúde da Família, cobertura de plano de saúde, saúde bucal, acidentes de trânsito, uso de cinto de segurança e violência, dengue, percepção de discriminação nos serviços de saúde, dentre outros.

Discriminação
Segundo a PNS, 10,6% das pessoas com 18 anos ou mais afirmaram que já se sentiram discriminadas. Os casos ocorreram, principalmente, nas regiões Norte e Centro-Oeste (13,6% e 13,3%). O levantamento destaca as discriminações relatadas por gênero, idade e cor. As mulheres representam 11,6% deste grupo; as pessoas de 30 a 39 anos (11,9%) e de 40 a 59 anos (12,0%); as pessoas de cor preta (11,9%) e parda (11,4%).

Quanto aos motivos da discriminação, mais da metade da população de 18 anos ou mais de idade indicaram a falta de dinheiro (53,9%) e a classe social (52,5%). O grupo entrevistado poderia citar mais de uma razão.

Plano de saúde
Conforme o levantamento, 37,9% da população branca brasileira possui plano de saúde. A aquisição do serviço é menor entre pardos (18,7%) e pretos (21,6%).

Os números mostram uma relação entre o valor pago pelo plano de saúde e a faixa etária. De 0 a 17 anos, 51% pagavam até R$ 100; 60,2% do grupo entre 18 a 29 anos pagavam o mesmo preço, assim como 24,% do grupo com 60 anos ou mais de idade. Os mais velhos que pagavam R$ 500 ou mais de mensalidade representavam 30,9%.

Em 2013, 27,9% da população tinha plano de saúde (médico ou odontológico). As regiões Sudeste (36,9%), Sul (32,8%) e Centro-Oeste (30,4%) apresentaram as maiores proporções, e o Norte (13,3%) e Nordeste (15,5%), as menores. Na área urbana (31,7%), o percentual de pessoas cobertas por plano de saúde era cerca de cinco vezes maior que na rural (6,2%).

Gripe
A principal razão alegadas pelas pessoas que deixaram de realizar atividades habituais foi a gripe, segundo a pesquisa. As dores nas costas representaram 10,5% das faltas.

Dengue
Em 2013, 12,9% da população (25,8 milhões de pessoas) disseram já ter tido dengue alguma vez na vida. A PNS mostrou também que 69,4% dos domicílios (45,2 milhões) haviam recebido, nos 12 meses anteriores à data de entrevista, pelo menos uma visita de algum agente de Combate de Endemias.

As proporções foram maiores do que a média nas regiões Norte (20,5%), Nordeste (18,5%) e Centro-Oeste (17,5%). Considerando o diagnóstico feito por médico, o percentual da população que referiu dengue no Brasil reduziu para 10,4% (20,8 milhões de pessoas).

Redação O POVO Online

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