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Agressões contra mulheres são maiores quando os acusados são conhecidos

Segundo pesquisa registrada pelo IBGE, os atos de violência contra mulheres são mais frequentes quando os agressores são conhecidos pelas vítimas

10:30 | 02/06/2015
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que das mulheres que sofrem violência no Brasil, é mais comum que o agressor seja um conhecido do que um desconhecido.

A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, mostra que 2,7% das mulheres maiores de 18 anos foram agredidas por desconhecidos em um período de 12 meses. Quando o agressor é alguém conhecido da vítima, o índice sobe para 3,1%.

Já com o sexto masculino, a situação é bem diferente. Agressores desconhecidos vitimaram 3,7% dos homens brasileiros maiores de idade, enquanto os conhecidos foram responsáveis por 1,8%.

Em números, agressores conhecidos atacaram 2,4 milhões de mulheres e 1,2 milhão de homens nos 12 meses de realização da pesquisa. Já os desconhecidos agrediram 2,5 milhões de homens e 2 milhões de mulheres.

Os números são projetados para toda a população com base nos resultados do questionário e têm um intervalo de confiança de 95%.

Por região

A porcentagem e quantidade de casos variam de acordo com as regiões e estados. A violência contra mulheres por parte de conhecidos é maior no Norte (3,9%) e no Sul (3,7%). O Rio Grande do Norte é o estado que registra o maior índice de agressões, com 6,2%. O Mato Grosso do Sul tem o menor percentual, 1,7%.

Já a violência contra os homens por parte de desconhecidos chega a 5,9% no Norte. O Pará apresenta o maior índice (6,7%) e o Amazonas, 6,6%. No caso das mulheres, o maior percentual de agressões é registrado no Amapá, com 5,7%.

O total de brasileiros com mais de 18 anos agredidos por desconhecidos, no período de 12 meses, apurado pela pesquisa foi 3,1%. No caso dos conhecidos, o índice ficou em 2,5%.

As regiões Norte, Nordeste e Sul têm as maiores proporções de agressões por conhecidos, 3,2% para a primeira e 3% para as demais. No Sudeste, o percentual é 2%, e no Centro-Oeste 2,6%.

Quando analisadas as agressões promovidas por desconhecidos, o Norte mantém o primeiro lugar, com 5%. O Centro-Oeste aparece em segundo, com 3,4%, e o Nordeste, em terceiro, com 3,2%.

Segundo a pesquisa, 1,9% dos brasileiros foram agredidos por bandido, ladrão ou assaltante nos 12 meses anteriores à pesquisa. O índice de homens (2,1%) supera o das mulheres nesse tipo de violência (1,8%). As agressões desse tipo foram mais comuns no Norte, com 3,8%. Em segundo lugar aparece Nordeste, com 2%.

Redação O POVO Online com informações da Agência Brasil

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