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Brasil registrou mais de 224 mil casos de dengue

País tem 340 municípios em situação de risco para dengue e chikungunya

12:39 | 12/03/2015
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O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, 12, que foram registrados até o dia 7 de março, 224,1 mil casos de dengue em todo o país. O número representa um aumento de 162% quando comparado ao mesmo período do ano passado.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou o aumento de casos expressivo, mas avaliou que a situação não se compara à epidemia de 2013, quando foram registrados 425,1 mil casos. Para ele, as condições climáticas e mesmo a crise hídrica influenciaram o cenário da dengue no país, uma vez que foi registrada maior tendência de armazenamento de água nas regiões Sudeste, Sul e Norte. Além disso, muitos municípios, segundo Chioro, não organizaram corretamente a rede de prevenção e combate à doença.

De acordo com a pasta, mesmo diante do aumento de casos, o número de óbitos por dengue caiu 32%, passando de 76 mortes em 2014 para 52 este ano. Também foi registrada redução de 9,7% no número de casos graves. Em 2015, foram identificados 102 contra 113 no ano passado.

"Apesar dessa redução de 31,5% nos óbitos, eles estão ocorrendo e é fundamental reforçar o conjunto de ações", destacou Chioro.

Os números mostram que o estado do Acre apresenta a maior incidência de dengue, com 695,4 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Goiás, com 401 casos para cada 100 mil habitantes, e por São Paulo, com 281 casos para cada 100 mil habitantes.

Os casos autóctones (registrados em pessoas sem registro de viagem) de febre chikungunya, doença também transmitida pelo Aedes aegypti, somam 1.049 casos até o dia 7 de março, sendo 459 na Bahia e 590 no Amapá. No ano passado, foram confirmados 2.773 casos autóctones da doença. Entre 2014 e 2015, o ministério identificou 100 casos importados, de pessoas que viajaram para países como República Dominicana, Haiti e Venezuela.

Risco

O mesmo levantamento mostra que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para epidemias de dengue e chikungunya. De acordo com os dados, 877 cidades estão em alerta para ambas as doenças.

Segundo o ministério, 1.844 municípios participaram do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), de janeiro a fevereiro deste ano, e registraram aumento de 26,38% em relação aos participantes em 2014.

[SAIBAMAIS 1]Os números mostram que uma capital está em situação de risco, Cuiabá (MT), enquanto 18 se encontram em situação de alerta: Aracajú, Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória.

Conforme o levantamento, a Região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índice de risco de epidemia (171), seguida pelo Sudeste (54),  Sul (52), Norte (46) e Centro-Oeste (17).

Na Região Nordeste, o armazenamento inadequado de água é responsável pela maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti (76,5%). No Norte, o principal problema é o lixo (48,2%). No Sudeste, os depósitos domiciliares respondem pela maior parte dos criadouros (52,6%). No Centro-Oeste e no Sul, o principal foco do mosquito é o lixo (51,6% e 52,7%, respectivamente).

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou que o LIRAa constitui ferramenta importante para direcionar ações de prevenção e combate à dengue e à chikungunya. "É um dispositivo que orienta a ação não apenas de autoridades sanitárias, mas da própria comunidade em cada cidade, em cada região. Ele representa a capacidade de mapear a situação em diferentes cidades, com graduação de riscos diferentes".
 
Agência Brasil 
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