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Morre surfista baleado por policial

Os dois suspeitos de atirar contra o atleta é um policial militar e o irmão dele. Ambos estão detidos o quartel da Polícia Militar de Florianópolis

13:15 | 20/01/2015
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O surfista brasileiro que levou três tiros na última segunda-feira, 19, em frente a casa da família, na Guarda do Embaú, em Palhoça, Santa Catarina, faleceu nesta terça-feira, 20, segundo informações dos familiares.

Ricardo dos Santos, o Ricardinho, 24, foi submetido a quatro cirurgias no Hospital Regional São José, mas não reagiu aos procedimentos médicos e as hemorragias não cessaram, causando a morte do atleta. 

Os dois suspeitos de atirar contra o atleta são um policial militar e o irmão dele. Ambos estão detidos  no quartel da Polícia Militar de Florianópolis.

Disparos

De acordo com depoimentos de testemunhas à Polícia Militar, Ricardinho pediu para que duas pessoas, um policial militar e um menor, que estariam consumindo drogas, saíssem da frente da casa dele. Houve discussão e ele foi atingido por três tiros entre o tórax e o abdômen.

Segundo os familiares do surfista, um dos homens teria estacionado o carro sobre um cano que faz parte de uma obra realizada na casa de Ricardo, e isso teria motivado o desentendimento.

Versões

Em depoimento, o policial afirmou que atirou para se defender.  "Ele alegou legítima defesa. Disse que a vítima teria tentado agredir e que ele teve que se defender", disse Marcelo Arruda, delegado responsável pelo caso.

A versão contada pelo policial foi a mesma  apresentada pelo irmão, um menor de idade que estava com ele no momento do fato.

Além do depoimento dos suspeitos, a Polícia Civil ouviu ainda o avô e um tio de Ricardinho e mais dois policiais que atenderam a ocorrência.

Segundo o delegado, são duas versões. "Uma parte alega que agiu em legítima defesa, que teria sido ameaçada antes, e a outra parte fala que não, que foram feitos os disparos injustificados, que não houve nenhum tipo de agressão anterior que motivassem esses disparos", afirma Arruda.

De acordo com Marcelo, o irmão do policial foi liberado depois de prestar depoimento. "Ele não teve envolvimento e foi ouvido como testemunha. Ele alega que a vítima foi para cima deles com um facão e ele só reagiu em legítima defesa", afirma o delegado.

Mas, segundo Arruda, os policias que foram ao local da ocorrência não acharam nenhum facão.

Para o delegado, a reconstituição deixará claro o que realmente houve no momento dos disparos. "Com certeza vamos fazer reconstituição para ficar melhor esclarecido. Não vai demorar, porque como se trata de pessoa presa, o prazo é bem exíguo", diz Arruda. Para ele, o inquérito deverá ser concluído em 10 dias.

 

Redação O POVO Online

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