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Sistema Cantareira precisa de um "dilúvio", segundo presidente da Agência Nacional de Águas

De acordo com o presidente, os reservatórios necessitam de cerca de 500 bilhões de litros até o final deste ano
15:28 | Nov. 13, 2014
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Vicente Andreu Guillo, presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), disse nesta quinta-feira, 13, em audiência na Câmara dos Deputados, que o sistema Cantareira, em São Paulo, precisa de um “dilúvio”, para alcançar, em janeiro de 2015, o mesmo nível do início desse ano.

De acordo com o presidente, os reservatórios necessitam de cerca de 500 bilhões de litros até o final deste ano. Para que isso aconteça é necessário haver uma chuva histórica.

Atualmente, o sistema Cantareira está com cerca de 20% abaixo do nível, enquanto registrava 25% positivos em janeiro de 2014.

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Guillo considera as obras apresentadas na última segunda-feira, 10, ao Palácio do Planalto pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, positivas. O presidente diz ainda que isso não irá resolver o problema de forma emergencial.

“As obras anunciadas pelo governo do estado numa perspectiva muito positiva com o governo federal resolvem a situação? Não. Essas obras entrarão em funcionamento, na melhor das hipóteses, em alguma coisa em torno de um ano ou dois”, disse.

Já para Sandra Kishi, a procuradora que representou o Ministério Público Federal (MPF) na audiência, a crise hídrica em São Paulo só haveria solução caso chovesse durante 60 dias.

Durante a reunião que foi convocada pelo deputado Guilherme Campos (PSD-SP), Guillo e Sandra reclamaram da transparência da Companhia de Saneamento de São Paulo, a Sabesp. Para eles, o governo confiou na retomada das chuvas e não comunicou aos cidadãos sobre a real gravidade do problema.

De acordo com a procuradora, a Sabesp mantém dados de reservatórios sob sigilo. "Há divergência entre os dados fornecidos pela Sabesp e aqueles constatados em vistoria de campo", disse.

 

Redação O POVO Online

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