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Casados há 65 anos, idosos morrem no mesmo dia e com minutos de diferença

Na última sexta-feira, 3, o casal de idosos se despediram da vida do mesmo jeito que sempre viveram, de mão dadas
15:58 | Out. 07, 2014
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Casados há 65 anos, um casal de idosos cumpriu a promessa realizada, na maioria dos casamentos, de se amarem na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separasse.

Na última sexta-feira, 3, os dois se despediram da vida, do mesmo jeito que sempre viveram, de mão dadas.

Italvino Possa tinha 89 anos e lutava contra uma leucemia desde agosto de 2013. Diva, sua esposa descobriu um tumor agressivo na bexiga, em abril deste ano. O problema de Diva fez com que ela vivesse seus últimos dias internadas no Hospital São Lucas, em Porto Alegre.

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Italvino ia ao centro médico frequentemente para receber transfusão de plaquetas, na ocasião ele sempre visitava a esposa.

Percebendo sua fraqueza, dois dias antes de sua morte, Diva pediu que o marido, os 10 filhos, os 14 netos e seis bisnetos, fossem ao hospital para uma visita de despedida.

Após a notícia, na madrugada seguinte, Italvino foi internado com uma hemorragia, enquanto Diva piorava seu quadro com falência hepática.

Acompanhando a vida do casal, uma enfermeira resolveu colocar os dois no mesmo quarto e juntou as duas camas. No mesmo instante Italvino e Diva deram as mãos.

Poucos minutos depois o gaúcho não resistiu e morreu. Sua esposa, Diva, faleceu 45 minutos depois.

Essa história de amor emocionou os funcionários do hospital, que estiveram acompanhando todo o quadro cliníco dos dois. O fato comeveu ainda moradores da cidade graças ao obituário que os familiares enviaram ao jornal "Zero Hora". 

"Narramos o que aconteceu no e-mail que enviamos para o obituário e, para nossa surpresa, começamos a receber recados de muitas pessoas emocionadas

com a história’’, disse Rafaela de Freitas, uma das netas do casal.

"Eles estavam sempre juntos e se apoiavam o tempo todo, principalmente nos momentos difíceis’’, lembra Rafael, de 25 anos. Ele conta ainda que os avós eram exemplos de carinho e companheirismo para toda a família.

"Ele era tão educado que, até na hora da morte, abriu a porta para ela’’, disse o médico nefrologista Fernando Tettamanzy, definindo o casal como um exemplo de cumplicidade, doçura e retidão.

 

Redação O POVO Online

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