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Manifestação em frente à prefeitura do Rio é dispersada pela Tropa de Choque da PM

20:16 | 20/06/2013

21:05

 

Depois do tumulto em frente à sede administrativa da prefeitura, na Cidade Nova, os manifestantes se dispersaram devido à ação da Tropa de Choque da Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogênio. O Batalhão de Choque continua agindo com rigor para afastar os manifestantes das proximidades do prédio da prefeitura.

 

Ainda na Avenida Presidente Vargas, na altura da Praça Onze, um grupo arrancou as grades de proteção, tapumes e tendas do Concentra Rio, no Terreirão do Samba. O Concentra Rio é um espaço criado pela prefeitura do Rio para que os torcedores pudessem assistir aos jogos da Copa das Confederações e apresentação de artistas.


Os manifestantes fizeram fogueiras com o material no meio da pista e colocaram fogo em uma cabine da PM que fica no calçadão da Estação Ferroviária Central do Brasil. Outros quebraram placas de sinalização e sinais de trânsito e destruíram postes de iluminação, deixando sem luz todo o quarteirão do Campo de Santana. Também próximo do local, homens do Batalhão de Choque fazem uma barreira de contenção e obrigando os manifestantes a fazer o caminho inverso, no sentido Candelária, onde a passeata começou.

Seguindo o comportamento pacífico da maioria dos manifestantes, um grupo aproveitou as grades do Campo de Santana, na Praça da República, para afixar os cartazes levados para a passeata, formando um imenso painel. Mas, meia hora depois, manifestantes exaltados atearam fogo nas mensagens ainda nas grades e rasgaram outros.

Várias ruas de acesso à Avenida Presidente Vargas continuam fechadas para o trânsito. O mesmo acontece com o Túnel Santa Bárbara, que liga o centro ao bairro Laranjeiras, na zona sul da cidade.

20:45

 

A situação começa a se acalmar em frente à prefeitura do Rio. A polícia ocupa a Avenida Presidente Vargas com Tropa de Choque, Regimento de Cavalaria, motos e muitas viaturas. Os manifestantes foram acuados e retornaram em direção à Igreja da Candelária, de onde saiu a passeata. Mas ainda é possível ouvir barulho de bombas.

 

A estação de metrô Cidade Nova, que foi fechada assim que a passeata chegou à região, permanece inacessível. Os tapumes colocados para proteger os elevadores da estação foram arrancados, mas os equipamentos não foram danificados. O vidro de um ponto de ônibus foi quebrado. O prédio da prefeitura não foi danificado.

 

20:16

 

Para dispersar o grupo, a polícia usou bombas de gás lacrimogênio e a cavalaria. Houve correria e a grande maioria se dispersou. No entanto, um pequeno grupo continua na frente do prédio. O Batalhão de Choque, que estava posicionado atrás da cavalaria, avançou contra os manifestantes. Dois carros blindados da corporação também estão sendo usados para afastar os manifestantes.

A Polícia Militar (PM) apreendeu com manifestantes sacos de bolas de gude que seriam atirados contra a cavalaria para que os cavalos derrapassem e caíssem. Os manifestantes usaram sacos de lixos, lixeiras de material inflamável e tapumes para fazer fogueiras na região da prefeitura e conter o avanço da Tropa de Choque da PM. Um carro de reportagem do SBT acaba de ser incendiado.

Além da barreira feita pelos policiais militares, o prédio da prefeitura foi cercado por grades desde o início da tarde, quando os funcionários foram liberados por causa do ponto facultativo decretado pelo prefeito Eduardo Paes em decorrência dos jogos da Copa das Confederações.
[SAIBAMAIS 4]
Por medida de segurança, o Túnel Rebouças, no sentido centro, e a Praça da Bandeira estão interditados. O Metrô Rio mantém fechada a Estação Cidade Nova, próxima à prefeitura. Embora seja possível ver alguns vazios nas pistas da Avenida Presidente Vargas, manifestantes continuam ocupando toda a extensão da principal via do centro do Rio, que tem 3,5 quilômetros de extensão. No monumento à Zumbi dos Palmares, também na Avenida Presidente Vargas, grupos aproveitam o protesto para fazer apresentações de capoeira e danças afrodescendentes.

Agência Brasil

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