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Morre jornalista Ruy Mequita

Ruy Mesquita comandava desde 1996 o quarto maior jornal do Brasil. Ele estava internado desde o dia 25 de abril, quando havia sido diagnosticado com um câncer de base de língua

22:37 | 21/05/2013
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O jornalista de Ruy Mesquita, que por mais de 60 anos esteve na linha de frente do jornal “O Estado de São Paulo” morreu na noite desta terça-feira, 21, aos 88 anos. Ruy vem de uma das gerações mais tradicionais de jornalistas do Brasil e estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, dianosticado com câncer de base de língua.

Conhecido como "Dr. Ruy", ele ocupava o cargo de diretor de opinião do "Estadão" e, nos últimos anos, era o responsável direto pelos editoriais do jornal, considerados entre os melhores da imprensa brasileira. Ruy Mesquita começou a trabalhar no jornal da família como repórter em 1948 e, depois, ocupou os cargos de redator e editor de Internacional.

Como o sucessor natural de no comando da redação seria do filho mais velho, Julio de Mesquita Neto, Ruy recebeu um novo título, o “JT”. Segundo informações do jornal O GLOBO, a ideia era criar um jornal moderno, ousado e que dialogasse com jovens e mulheres. O jornal nasceu em 1966, quando a censura militar calava reportagens e repórteres.


Nos anos 40, a família dele já havia sofrido a perseguição de Getúlio Vargas e o jornal chegou a ser retirado de Julio de Mesquita Filho, que teve de seguir para o exílio. Em 2006, no programa “Roda Viva”, Ruy Mesquita admitiu que o jornal apoiou o golpe militar, em 1964, mas que rompeu no primeiro momento.

Em 1996, Ruy deixou o “JT”, que foi fechado no ano passado, depois de 46 anos de atividade. Foi aí que ele passou a ocupar a direção do “Estado”. Mesmo com problemas de locomoção, ele mantia contato constante com os jornalistas e repórteres mais antigos para tratar pessoalmente das pautas.

Ele completou 88 anos no dia 16 de abril. No fim do mesmo mês, foi diagnosticado com câncer na região da boca e traqueia. Passou por uma cirurgia e fazia tratamento hospitalar. Neste sábado, o jornalista, que já tinha sido liberado para o setor semi-intensivo do Hospital Sírio-Libanês, teve de retornar aos cuidados da UTI.

O velório acontece a partir das 8h da manhã desta quarta-feira, 22, na Rua Angatuba, 465, no bairro do bairro do Pacaembu. O enterro será no Cemitério da Consolação, em horário ainda não definido pela família.

Redação O POVO Online

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